sexta-feira, novembro 22, 2024

Política – Falta de Wilson Lima à CPI da Covid é comentada por políticos amazonenses e de todo Brasil. VEJA REPERCURSSÃO!!

O habeas corpus concedido pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao governador do Amazonas Wilson Lima (PSC) foi um dos assuntos mais comentados desta última quinta-feira (10). A medida permitiu a Lima faltar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que investiga supostas omissões e irregularidades nas ações governamentais de enfrentamento ao vírus.

A magistrada determinou que o governador poderia decidir, por livre e espontânea vontade, se compareceria à comissão, e ele decidiu não ir. Seu depoimento estava marcado para 9h, e nele seria questionado sobre assuntos como o desvio de verbas da saúde pública e o colapso hospitalar vivenciado em janeiro pelo estado.

O ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, disse apoiar o STF, mas fez duras críticas ao Chefe do Executivo estadual. Afirmou veemente que o governador está fazendo um papel vergonhoso, e que o mesmo não possui caráter, nem competência, para combater o vírus.

O deputado federal José Ricardo (PT), também pelas redes sociais, chamando Lima de “fujão”. Ainda destacou o fato dele, em várias oportunidades, ter apoiado as ações do presidente da república Jair Bolsonaro, as quais são vistas por Ricardo como negacionistas e retrógradas.

O senador do Amazonas Eduardo Braga (MDB-AM) disse respeitar a decisão do Supremo, mas lamentou “que o povo do Amazonas não tenha oportunidade de ouvir as explicações do governador”.

Por último, o presidente da CPI da Pandemia e senador do Amazonas, Omar Aziz, disse hoje que vai recorrer da decisão da ministra Rosa Weber de autorizar o governador do Amazonas a não comparecer à Comissão. Ao abrir a sessão, ele afirmou que Wilson Lima perdeu “uma oportunidade única”.

A repercussão também foi observada nos pronunciamentos de políticos de outros estados do país. Como o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), ao escrever em suas redes sociais que a notícia “era muito previsível”.

Para o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), a medida do Supremo é didática como a expressão “cada macaco no seu galho”. Na opinião do parlamentar, cabe às assembleias abrir CPIs para investigar seus governadores e demais autoridades estaduais.

“É razoável investigar 5.565 prefeitos, 27 governadores Brasil afora? Não se trata de ser leniente com o governador do Amazonas, que, inclusive, já está denunciado e terá o que merece na Justiça, graças ao célere (e seletivo) trabalho da PGR. Uma CPI federal deve priorizar o que a PGR ignora solenemente: a omissão criminosa do governo federal”, compartilhou.

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o senador Humberto Costa (PT-PE) informou que, na reunião marcada para começar às 9h30, os senadores irão solicitar estudo da Consultoria Jurídica do Senado que oriente a condução da investigação junto aos estados. Segundo o senador, no caso de governadores não poderem comparecer, secretários ou ordenadores de despesas poderão ser chamados para prestar esclarecimentos à CPI.

Humberto disse ainda que os parlamentares devem votar requerimentos de quebra de sigilo, principalmente de comunicação, de integrantes e ex-integrantes do governo e confirmar depoimentos já colhidos e identificados pelos senadores como “não fiéis à realidade”.


  • Fonte: O Convergente / Agência Senado.
  • Foto: Divulgação.

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