O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), autuou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste último sábado (12), por gerar aglomerações e por não usar máscara de proteção facial contra a Covid-19 em evento com desfile de motocicletas na capital paulista, denominado “motociata”.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, e o ministro da Infraestutura, Tarcísio Gomes, também foram autuados. Os três participaram da “motociata”, que reúne milhares de motocicletas. O ato começou na praça Campo de Bagatelle, em Santana, Zona Norte de São Paulo.
O Governo do Estado afirma que equipes da Saúde e Segurança Pública flagraram o desrespeito das três figuras às diretrizes de enfrentamento à Covid-19. O valor da autuação ficou estabelecido em R$552,71.
“O documento endereçado às três autoridades pontua a necessidade da manutenção das medidas preventivas já conhecidas e preconizadas pelas autoridades sanitárias internacionais, como uso de máscara e distanciamento”, diz a nota.
Adversário de Bolsonaro, Doria já havia dito na última quarta-feira (9), no Palácio dos Bandeirantes, que caso o presidente não usasse a proteção durante a motociata, seria multado por desrespeito às normas sanitárias. “Ele será multado como qualquer outro cidadão que não usar máscara”, disse. Nesta sexta-feira (11), Bolsonaro respondeu questionando se Doria era o “doninho” de São Paulo.
O presidente já havia sido autuado pelo governo Flávio Dino (PC do B), do Maranhão, por causar aglomeração e usar máscara de proteção facial em evento em Açailândia (a 560 km de São Luís), no dia 21 de maio.
Neste caso, pouco se destaca o valor, mas sim as ações do governo federal em período pandêmico. Dentre elas, promover aglomerações, incentivar o uso da hidroxicloroquina como tratamento, aconselhar a não utilização de máscaras e demora na negociação de compra das vacinas.
- Fonte: Terra / G1 / O Tempo.
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