sábado, outubro 5, 2024

Saúde – “Se virar jacaré não me responsabilizo, tá ok?” – Após recusar vacina 53 vezes, Bolsonaro pede antecipação da Pfizer.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), se reuniu nesta última segunda-feira (14) com representantes da farmacêutica Pfizer, e pediu que sejam antecipados lotes de vacinas. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, informou que pedido foi por 10 milhões de doses para julho.

Acompanhado de ministros, Bolsonaro conversou por videoconferência com o presidente da farmacêutica para a América Latina, Carlos Murillo.

Em reunião com a Pfizer, Bolsonaro pede que empresa antecipe entrega de vacinas | GZH
Bolsonaro em videoconferência com representantes da Pfizer.

A antecipação dos lotes ocorreria dentro dos contratos já assinados do governo com a empresa. O primeiro contrato, assinado em 19 de março, prevê 100 milhões de doses até o final do terceiro trimestre. O segundo contrato prevê 100 milhões de doses entre outubro e dezembro. Somando todos os lotes, o Brasil já recebeu 8,2 milhões de doses da farmacêutica.

“Um dos assuntos foi exatamente a possibilidade de antecipar as doses inicialmente contratadas. A gente tem o primeiro contrato de 100 milhões de doses cujo cronograma estima até setembro receber a totalidade dessas doses. O que a gente pediu, entre outros assuntos, foi verificar a possibilidade de antecipar ao máximo as doses contratadas dentro deste primeiro contrato”, afirmou Cruz.

De acordo com Rodrigo Cruz, o governo federal também avalia uma proposta para a compra de doses da vacina vacina contra Covid-19 da farmacêutica para aplicação em 2022. A Pfizer fez a oferta ao Ministério da Saúde, que agora estuda internamente a compra, segundo o secretário.

A Pfizer é a empresa que teve várias ofertas de venda de vacinas rejeitadas pelo governo desde o segundo semestre de 2020. O governo afirma que o laboratório estabelecia condições “draconianas” nos contratos. A principal queixa de Bolsonaro e do então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, era a de que a Pfizer não se responsabiliza por eventuais efeitos colaterais da vacina.

A farmacêutica chegou a oferecer 70 milhões de doses ao Brasil em agosto de 2020, que poderiam começar a ser entregues em dezembro do mesmo ano. No entanto, o governo brasileiro não quis, e só depois, em março de 2021, que foi firmado um contrato entre as duas partes.

A recusa das primeiras ofertas da Pfizer é um ponto da atuação do governo avaliado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga as ações e omissões do governo no combate à pandemia de Covid-19.


  • Fonte: CNN / G1.
  • Foto: Divulgação.

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