sexta-feira, novembro 22, 2024

Política – “Estou sendo ameaçado” – Com falas polêmicas, deputado estadual Fausto Junior confronta Omar Aziz e depõe na CPI da Covid. ASSISTA AOS VÍDEOS!

A CPI da Pandemia ouviu nesta última terça-feira (29) o deputado estadual do Amazonas Fausto Vieira dos Santos Junior (MDB), que foi relator da CPI da Saúde realizada pela Assembleia Legislativa do Estado (ALEAM) em 2020.

Durante a oitiva, o parlamentar afirmou que a crise de fornecimento de oxigênio no Amazonas era uma “tragédia anunciada”, ressaltou que não faltaram recursos para o enfrentamento da pandemia e informou que o problema foi como o dinheiro era aplicado.

Fausto Júnior negou que a CPI, da qual foi relator em seu estado, sobre a crise na Saúde tenha usado “dois pesos e duas medidas” ao deixar de indiciar o governador Wilson Lima. Ainda de acordo com o deputado, não havia elementos que conectassem a materialidade do governador baseada nas investigações feitas pela CPI da Saúde.

Depois de uma longa discussão com o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), em razão dos pagamentos indenizatórios feitos pelo Amazonas — inclusive quando Aziz era o governador do estado –, o deputado disse que estava sendo ameaçado de prisão “por falar a verdade”.

“Estou sendo ameaçado, senador. Eu falo do seu governo e o senhor me ameaça de prisão? Estou falando a verdade”, disse o parlamentar estadual, relatando que Omar teria dito, fora do microfone, que ele sairia preso da comissão.

As principais falas de Fausto Júnior na CPI da Covid-19.

“Identificamos superfaturamento de até 10.000% [com serviço de lavanderia]. (…) O Ministério Público denunciou os envolvidos.”

“Iniciamos uma investigação e interrompemos no momento em que tomamos conhecimento que a PF tomou o caso e começou a investigar em sigilo. (…) Até esse momento [da investigação da CPI], todos que descobrimos alguma irregularidade foram indiciados.”

“Não havia elementos que conectassem a materialidade do governador [Wilson Lima] baseada nas investigações feitas pela CPI. Houve, posteriormente, através da [investigação da] Polícia Federal. (…) O que levou a PF a conectar a atuação do governador com o caso específico [da compra de respiradores em loja] de vinhos foi a interceptação telefônica e isso a Assembleia Legislativa não teve acesso.”

“Estou sendo ameaçado, senador [Omar Aziz]. Eu falo do seu governo e o senhor me ameaça de prisão? Estou falando a verdade.”

“O relatório foi construído por todos os membros da CPI, eu apenas redigi todo o trabalho que foi feito na CPI da Saúde do Amazonas. (…) Todos os governadores investigados pela CPI mereciam ser indiciados. Eu propus isso no âmbito da comissão e não foi aceito.”

“Em 2020 tínhamos um orçamento de R$ 2,6 bilhões, sendo aproximadamente R$ 1 bilhão do governo federal. Acredito que havia, sim, recursos, mas a questão é como foram empregados.”

“Já tínhamos um sistema à beira do colapso. Como receberíamos a pandemia, com a intensidade que todo mundo viu, com um sistema de saúde tão frágil? Foi uma tragédia que estava anunciada e, lamentavelmente, perdemos muitas vidas.”

“Não tenham dúvida que esse foi um dos momentos mais difíceis da história do Amazonas, mas é preciso ficar claro que a CPI da Saúde do Amazonas não nasceu somente por conta da pandemia do novo coronavírus. Já existia um gravíssimo problema da saúde pública do meu estado vindo de muitos anos e herdado de gestões passadas. (…) A pandemia foi apenas o estopim dessa bomba-relógio.”


  • Fonte: da Redação / CNN.
  • Foto: Divulgação.

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