A Polícia Civil indiciou a empresária Anne Cipriano Frigo, de 46 anos, e o corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro de Souza, de 28 anos, pelo assassinato do namorado dela, o segurança Vitor Lúcio Jacinto, de 42 anos. A informação foi confirmada nesta última quinta-feira (1), pela assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
De acordo com a pasta da Segurança, os dois suspeitos continuam presos temporariamente por decisão da Justiça. Ambos respondem por homicídio qualificado. As qualificadoras não foram informadas. Para o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Anne foi a mandante e Carlos o executor do crime.
Anne era dona do Museu da Imaginação, mas segundo nota divulgada pela instituição, ela se desligou da empresa em dezembro de 2020. Ela atua no ramo de papelão e tem um imóvel avaliado em R$ 20 milhões. O corretor de imóveis acrescentou no DHPP que não chegou a receber os R$ 200 mil prometidos pela empresária.
A Justiça de São Paulo decretou a prisão temporária de 30 dias de Anne e Carlos Alex. O crime aconteceu no último dia 17. O corpo da vítima foi encontrado na região do 100º DP (Jardim Herculano), nas proximidades da represa Guarapiranga, na Zona Sul de São Paulo. O casal está preso e, segundo o delegado Fábio Pinheiro, diretor do DHPP, Carlos confessou o assassinato. Pinheiro acrescentou que a empresária, ao ser interrogada na tarde desta última terça-feira (29), se manteve em silêncio.
Festa de aniversário após o crime
O diretor do DHPP afirmou ainda que, dois dias depois de mandar matar o namorado, Anne comemorou o aniversário com amigos e deu uma grande festa. A Justiça decretou a prisão temporária de 30 dias da empresária e do corretor de imóveis.
Investigadores do Departamento de Homicídios suspeitam que a motivação do crime foi a descoberta uma suposta traição de Vitor Lúcio. A empresária também estava descontente com Vitor porque ele estava gastando muito dinheiro dela. Ela deu de presente um Porsche no valor de R$ 2 milhões para ele e uma bicicleta de R$ 120 mil.
Vitor trabalhava de segurança em um restaurante. O relacionamento começou havia quatro anos, quando eles se encontraram por meio de um site de paquera. Ela se apaixonou, o tirou do serviço e passou a bancá-lo. A mulher morava em São Paulo e o ex-segurança em Alphaville. Ela pagava o aluguel de R$ 32 mil para ele.
Suspeito era corretor do casal
Carlos trabalhava de corretor para o casal. No dia do crime, para atrair Vitor à morte, ele o convidou para olhar um imóvel. Segundo afirmou no DHPP, na rodovia Castello Branco, Carlos, dentro do carro, deu um tiro nas costas da vítima.
Ele abaixou o banco do veículo e seguiu para a região de Guarapiranga. Vitor já estava morto. O assassino pegou um pouco de combustível e tentou atear fogo no corpo para prejudicar a identificação e tentar eliminar possíveis provas.
O corpo de Vitor ficou queimado nos pés. O DHPP apurou que havia pouco combustível no carro usado no crime. O cadáver foi encontrado no dia seguinte.
O assassino ficou com o telefone celular da vítima. De acordo com o DHPP, Anne pegou o aparelho e, para tentar despistar uma possível investigação contra ela, usou o equipamento, se passando por Vitor, e enviou mensagens para ela mesma, inclusive de parabéns pelo aniversário. O caso foi esclarecido pela delegada Magali Celeghin Vaz, da equipe A-Sul do DHPP.
- Fonte: UOL / G1.
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