quinta-feira, novembro 21, 2024

Política – “Quem não deve, não teme?” – Diretora de empresa envolvida em superfaturamento de vacinas afirma que permanecerá em silêncio na CPI da Covid.

A diretora técnica da Precisa Medicamentos, envolvida no Caso Covaxin, Emanuela Medrades afirmou que ficará em silêncio na CPI da Covid por orientação da defesa.

Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) garantiu a ela o direito de não responder perguntas na comissão quando as questões provocarem o risco de incriminação.

Nesta última segunda-feira (12), Emanuela prestou depoimento na Polícia Federal, que abriu um inquérito para investigar a compra da vacina indiana Covaxin, que foi intermediada pela Precisa e também é investigada na CPI. No início da sessão, a diretora afirmou que já falou à PF e que vai permanecer em silêncio no Senado.

O presidente do STF, Luiz Fux, atendeu parcialmente a um pedido da diretora e garantiu que ela possa ficar em silêncio com relação a fatos que a incriminem durante depoimento na CPI da Covid.

“É uma decisão que o ministro dá para protegê-la como investigada, mas não dá esse direito todo para que não responda questões que não são direcionadas a ele”, afirmou o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM).

A decisão provocou críticas na comissão. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) sugeriu uma reunião da cúpula do Senado com o STF para padronizar a postura em relação aos depoimentos, que vem recebendo tratamento diferente nos julgamentos de habeas corpus quando os depoentes pedem o direito de ficar em silêncio.

De acordo com Braga, é preciso estabelecer um padrão para não parar os trabalhos.

“No caso da doutora Emanuela, sequer investigada ela é e mesmo assim veio com uma liminar para que não se pronuncie”, disse o político amazonense.


  • Fonte: Senado Notícias / Isto É.
  • Foto: Divulgação.

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