Nesta semana, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), comentou a agenda econômica do governo, em meio a uma reforma ministerial para acomodar os aliados, o que inclui a criação do Ministério do Emprego e da Previdência.
Bolsa família
Um dos temas abordados, em entrevista à veículo de comunicação do Nordeste, foi o reajuste do Bolsa Família a partir de novembro. Segundo o presidente, o aumento de pelo menos 50% no valor do benefício está garantido, mesmo que a equipe econômica ainda não tenha definido a origem dos recursos. Também salientou que é inegável o aumento no preço do arroz, do feijão, do ovo, da galinha, entre outros consumos do povo.
“Nós estamos vendo de R$ 300 até o fim do ano, para mais de 22 milhões de pessoas. Mas não é para voto. Queremos que a pessoa tenha uma porta de saída”, afirmou Bolsonaro.
Gás de cozinha
Ao comentar sobre o preço do gás de cozinha, o presidente disse que, se o produto sai das refinarias a R$45 e chega ao consumidor final a R$110, o problema não é do governo federal. Seria dos governadores, que não baixaram a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
“O gás, lá onde ele é engarrafado, na Petrobras, custa R$ 45. Qual o imposto federal do gás? É zero. Cancelei todos os impostos federais do gás por 20 anos. Então, se sai a R$ 45 e chega a R$ 110, tem R$ 55 ao longo o caminho”, afirmou.
“Qual é a composição desse gasto extra? É o frete, o transporte, é o cidadão da ponta que está vendendo o bujão? E a maior parte? O ICMS, imposto estadual. Então, o pessoal deve procurar o seu deputado estadual, o seu governador, e dizer: governador, o presidente Bolsonaro zerou o imposto do gás. Que baixe um pouquinho, dê uma demonstração”, provocou Bolsonaro.
O presidente também destacou que esta alta tarifa do ICMS tem sido alvo de reclamação dos caminhoneiros, visto que influencia diretamente no aumento do valor litro do óleo diesel. “Hoje, quando se vê o valor do frete, temos que ver qual é o vilão”, disse.
Crise energética
Bolsonaro também comentou a crise energética. Mesmo com o país vivendo uma das piores crises hídricas da histórica, com os reservatórios das hidrelétricas em situação dramática, o presidente disse que “não vai ter apagão, porque nós investimos em energia alternativa”. “Mas demos azar”, completou.
- Fonte: UOL / Correio.
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