sábado, outubro 5, 2024

Polícia – “Falta de provas ou de interesse?” – Desaparecimento de meninos em Belford Roxo completa 7 meses e segue indefinido. ENTENDA O CASO!

Há sete meses, no dia 25 de dezembro de 2020, três meninos desapareceram ao sair para brincar em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O caso ganhou repercussão nacional e as investigações voltaram a se intensificar pela polícia do estado do Rio de Janeiro.

Essa semana o caso teve algumas atualizações, como uma declaração do suspeito de ter “dado fim” no corpo dos meninos e uma ossada achada em área próxima à cidade.

O caso

Lucas Matheus (8 anos), o primo dele Alexandre da Silva (10 anos) e Fernando Henrique (11 anos) saíram de casa no domingo por volta das 10h30 para brincar no campo de futebol ao lado do condomínio onde moram, no bairro Castelar.

De acordo com as famílias, os meninos estavam acostumados a brincar sozinhos. No início da tarde, por volta das 14h, eles costumavam voltar para casa para almoçar. No entanto, neste dia, não retornaram.

As famílias estranharam e começaram as buscas por conta própria. Hanna Silva, 24 anos, mãe de Alexandre, conta que no campo ninguém viu o filho. Os parentes peregrinaram então por diferentes locais, como hospitais, IML e delegacias, mas não houve sinal dos meninos.

Sete meses de investigação

Há sete meses, a Polícia Civil investiga o desaparecimento dos três meninos em Belford Roxo.

Nesse período, os agentes já trabalharam com várias linhas de investigação — entre elas, a de que as crianças tenham sido vítimas de traficantes da região.

Após sete meses de investigação, um homem se apresentou à polícia acusando o próprio irmão de ter participado da ocultação dos corpos. Após a denúncia dele, a polícia fez buscas em uma área onde teriam sido deixados sacos com corpos de três meninos e encontrou uma ossada. O material foi levado para a perícia.

Outra hipótese é a de que os meninos tenham sido mortos após um deles ter roubado uma gaiola de passarinho de um parente de um dos traficantes do Castelar, onde moram.

Várias operações e buscas já foram realizadas em lugares onde surgiram notícias de que eles foram vistos, mas nada que leve ao paradeiro dos meninos.

Informações falsas e trotes que chegam pelo Disque Denúncia também têm atrapalhado o trabalho dos investigadores da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

Famílias ainda acreditam que estejam vivos

A defensora pública Gislaine Kepe, do núcleo de direitos humanos da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, informou na tarde desta última sexta-feira (30), que os familiares dos três meninos acreditam que ainda podem estar vivos.

A defensora também comentou que os parentes dos jovens não quiseram acompanhar os trabalhos de busca no local onde o suspeito teria deixado os corpos.

“As famílias não quiseram acompanhar porque elas estão resistentes a acreditar que essa possa ser a finalização das investigações. Elas ainda acreditam assim como nós, da Defensoria e da OAB, que as crianças ainda possam estar vivas”, disse Gislaine Kepe.

A defensora disse ainda que o trabalho de perícia, feito no material que foi encontrado nesta sexta-feira pode indicar novas pistas sobre o caso.

“Acreditamos que a partir da perícia que vai ser feita com o que foi encontrado, é possível inclusive fazer novas buscas no local. Até mesmo em outros pontos do rio também. Já tem sete meses, então, outras buscas não só naquele local do rio, mas também em outro curso até a baia”, finalizou Kepe.


  • Fonte: AH / G1.
  • Foto: Divulgação.

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