sábado, outubro 5, 2024

Brasil – “Revolução ou vandalismo?” – Famosos pedem liberdade de ativista que ateou fogo em estátua de Borba Gato.

Na última semana, o rapper Mano Brown, o ativista Guilherme Boulos, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), a deputada estadual Isa Penna (Psol-SP) e outras personalidades se mobilizaram nas redes sociais para pedir a liberdade do motoboy Paulo Roberto da Silva Lima, o Paulo Galo, de 32 anos.

Paulo Galo é o ativista preso há mais de 10 dias por ter incendiado a estátua de Borba Gato, na Zona Sul de São Paulo.

O ataque ocorreu no dia 24, quando manifestantes queimaram pneus em volta do monumento ao bandeirante paulista. A ação tinha o objetivo de levar ao debate a existência da estátua, segundo os ativistas. De acordo com alguns historiadores, ela homenageia uma caçador de escravos.

Mobilização

Posando com cartazes e faixas com a hashtag #liberdadeparagalo, artistas, políticos e pessoas ligadas a movimentos sociais nas periferias e coletivos negros estão postando fotos nas redes sociais contra a prisão de Paulo Galo.

“Já são seis dias de uma prisão arbitrária, ilegal e autoritária. São seis dias sem sua esposa e sua filha de três anos. Uma prisão pra tentar calar a luta. Não passarão! Seguiremos firmes até a liberdade do Galo!”, escreveu o músico e compositor Mano Brown.

“Mesmo com liminar do STJ desde ontem, prisão preventiva para o @galodelutaoficial é decretada e ele não sairá mais até segunda ordem!”, escreveu a deputada Isa Penna.

Prisões preventivas

Nesta última sexta-feira (6), a Justiça decretou as prisões preventivas de Galo e dois outros ativistas, por suspeita de terem ateado fogo na estátua de Borba Gato: Danilo Silva de Oliveira, o Biu, de 36 anos e Thiago Vieira Zem, de 35.

Galo já estava detido, cumpria prisão temporária desde 28 de julho. O prazo dela terminaria nesta última sexta. Além disso, na quinta-feira (5), o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, havia revogado a temporária dele a pedido da defesa, mas a Justiça de primeira instância não emitiu o alvará de soltura.

Em vez disso, a Justiça concordou com os pedidos da Polícia Civil e do Ministério Público (MP) para que fosse decretada as prisões preventivas de Galo, Biu e Thiago. A diferença entre a temporária e a preventiva é que a primeira tem um prazo definido, e a segunda é por tempo indeterminado. A Promotoria, no entanto, ainda não denunciou o trio.

O entregador confessou o ato, mas os outros dois investigados, não. Mesmo assim, a investigação indiciou os três pelos crimes de incêndio, dano, associação criminosa e adulteração de veículo.

Paulo estava detido na carceragem do 2º Distrito Policial (DP), no Bom Retiro, Centro da capital. Na sexta, ele foi levado ao 11º DP, em Santo Amaro, na Zona Sul, onde o caso é investigado. Depois seguiria para um Centro de Detenção Provisória (CDP).


  • Fonte: Carta / G1.
  • Foto: Divulgação.

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