Após forte abalo entre os três poderes, provocados por ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O chefe do Executivo federal afirmou que não vai sair da cadeira da presidência. A declaração foi feita durante agenda em Santa Catarina, nesta última sexta-feira (6).
“Não estou preocupado em me manter presidente. Já dou recado: só Deus me tira daquela cadeira”, afirmou.
“Eu não estou para ser idolatrado, eu estou fazendo a coisa certa. É muito mais fácil para mim mudar de lado. Ninguém vai me acusar mais, minha esposa, meus filhos, meus parentes, de coisas absurdas. É mais fácil. Não vou arredar, jurei dar minha vida pela pátria enquanto militar. E, como presidente, dou a minha vida pela liberdade de vocês”, disse para apoiadores.
No final da tarde de quinta-feira (5), o presidente do STF, Luiz Fux, cancelou a reunião entre os poderes. A ação foi feita após Bolsonaro atacar os ministros da Corte Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
“Quando se ataca um integrante desta Corte, se ataca a todos”, afirmou Fux.
Alvo de investigações e ataques ao STF
Na quarta-feira (4), Alexandre de Moraes aceitou o pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e incluiu o presidente no inquérito das fake news.
Bolsonaro será investigado por crimes cometidos pela disseminação de informações falsas e ataques contra as instituições. O presidente acusa as eleições de serem fraudadas.
Mais cedo, em entrevista a veículo de comunicação carioca, o presidente convocou uma manifestação para a população da cidade de São Paulo se manifestar na Avenida Paulista contra os ministros, com o objetivo de “defender a Constituição”.
“Não podemos continuar com ministros (Judiciário) arbitrários”, declarou.
De acordo com Bolsonaro, Moraes é “a própria mentira dentro do STF”. Para ele, o ministro faz “ações intimidatórias” e “joga fora da Constituição”. “A hora dele vai chegar”, ameaçou Bolsonaro.
Além disso, Bolsonaro também vem atacando o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.
Para o presidente, Barroso vem escondendo provas de fraude nas eleições de 2018 por defender o atual sistema eleitoral.
- Fonte: Agência / Estado de Minas.
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