Nesta quinta-feira (12), a Petrobras reajusta o preço da gasolina nas refinarias. O diesel segue com o mesmo valor, segundo a estatal.
Isso ocorre no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido ) assina uma Medida Provisória, que deve ser publicada no Diário Oficial da União, a qual visa acabar com a intermediação na venda do etanol junto aos postos de combustíveis.
De acordo com o comunicado da companhia divulgado nesta última quarta-feira (11), o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passará a ser de R$ 2,78 por litro, “refletindo reajuste médio de R$ 0,09 por litro”. Isso representa um aumento de 3,34%. Desde janeiro, a gasolina subiu nove vezes.
Na nota, a Petrobras destacou que o preço do combustível na bomba passará a ser de R$ 2,03 por litro, “referente à mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro”.
“Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais; custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro; além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores”, informou no documento.
Os vilões da inflação
A gasolina, ao lado da energia elétrica, é um dos vilões da inflação neste ano. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,96% em julho, acumulado altas de 4,76%, no ano, e de 8,99% em 12 meses até o mês passado.
Os dados do IBGE mostram que a gasolina subiu muito mais do que a inflação oficial e teve um impacto de 0,09 ponto percentual no IPCA de julho. O combustível teve alta de 1,55% no mês passado, acumulado elevação de 27,51%, no ano, e de 39,65%, em 12 meses.
Essa alta dos preços da gasolina nas bombas para o consumidor é menor do que o reajuste da gasolina nas refinarias, de 51% no acumulado do ano.
- Fonte: G1 / Correio.
- Foto: Divulgação.