O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (RJ), foi preso hoje pela Polícia Federal, após determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, por suspeita de envolvimento com milícia digital, a qual estaria atuando contra a democracia.
A Polícia Federal cumpriu o mandado de busca e apreensão, e de prisão, na residência do político aliado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Além disso, Alexandre determinou o bloqueio de conteúdos postados por Jefferson em rede sociais, e a apreensão de armas e acesso a mídias de armazenamento.
A ordem foi dada dentro do chamado inquérito da milícia digital, que é uma continuidade do inquérito dos atos antidemocráticos. Jefferson postou nas redes sociais que a PF chegou a fazer buscas na casa de parentes pela manhã.
“A Polícia Federal foi à casa de minha ex-mulher, mãe de meus filhos, com ordem de prisão contra mim e busca e apreensão. Vamos ver de onde parte essa canalhice”, escreveu o ex-deputado.
O advogado de defesa de Roberto Jefferson, Dr. Luiz Gustavo Pereira da Cunha, informou, por telefone, que só vai se manifestar depois que tiver acesso a íntegra da decisão do mandado de prisão, e da busca e apreensão.
De acordo com o STF, Moraes pediu parecer da procuradoria-geral da República antes de tomar a decisão. Só que o prazo se encerrou na terça-feira, e a PGR não se manifestou até a decisão dele, assinada na última quinta (12). Até o presente momento, nenhum parecer foi juntado aos autos.
Encontro com Bolsonaro na semana passada
Roberto Jefferson esteve com Jair Bolsonaro 10 dias antes de ser preso, nesta sexta-feira. O encontro, em 3 de agosto, foi no Palácio do Planalto e consta na agenda oficial do presidente.
Apoiador de Bolsonaro, Jefferson tem bom trânsito no Planalto. Em maio, esteve com Hamilton Mourão. Também se encontrou com Ramos em agosto, quando o ministro afirmou que o presidente do PTB era um “soldado pela democracia”.
- Fonte: Metrópoles / G1.
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