sexta-feira, novembro 22, 2024

Brasil – “Dívida vira lucro?” – Com rendas bilionárias, bancos formam o setor mais processado na Justiça do Trabalho.

Nos últimos tempos, as instituições financeiras se esforçarem para ampliar suas margens, cortando custos e se digitalizando, em decorrência da crise causada pelo período pandêmico da Covid-19.

De todo modo, a temporada de balanços do segundo trimestre de 2021 mostra que o lucro dos bancos segue em crescimento exponencial:

  • Itaú Unibanco – R$ 7,5 bilhões;
  • Bradesco – R$ 6,319 bilhões;
  • Banco do Brasil – R$ 5,5 bilhões.

Em levantamento feito pela DataLawyer, empresa de dados de processos judiciais, aponta que os bancos comerciais se tornaram os principais alvos de ações trabalhistas durante a pandemia do novo coronavírus.

Período pré pandemia X Período pandêmico

No período de janeiro de 2019 a janeiro de 2020, o setor mais processado na Justiça do Trabalho é o da construção civil, com 60,7 mil ações. Após a crise da Covid-19, a lista passou a ser encabeçada pelas instituições financeiras, que somam 45,5 mil processos trabalhistas entre junho de 2020 e junho de 2021.

O levantamento descarta os processos trabalhistas contra a administração pública em geral, que sempre é a primeira da lista de alvo das ações na Justiça do Trabalho, uma vez que o Estado é o maior empregador do país.

Para Alexandre Zavaglia, diretor da Finted Tech School, a pandemia acelerou a transformação digital de vários setores, especialmente no mercado financeiro.

“As pessoas deixaram ainda mais de ir às agências e de utilizar certos serviços, o que mudou o perfil das atividades das instituições financeiras e certamente impactou nesse fenômeno”.

O número de processos trabalhistas contra as instituições financeiras neste ano reflete ainda o cenário vivido em 2020, já que os funcionários podem entrar com as ações até dois anos após a demissão. É comum que deem início ao processo ao não conseguirem uma recolocação no mercado.

Número de agências

No ano de início da pandemia de coronavírus, os cinco maiores bancos do país extinguiram 12,7 mil postos de trabalho, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Itaú, Bradesco, Santander e Caixa, juntos, fecharam 1.376 agências físicas só em 2020. O único a aumentar o número de agências foi o Banco do Brasil, mas o plano apresentado pelo banco para 2021 prevê a desativação de 112 agências.


  • Fonte: Conjur.
  • Foto: Divulgação.

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