Nesta última quinta-feira (26), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que, a partir de outubro, a capacidade atual do país de geração de energia elétrica será insuficiente para atender à demanda. Na avaliação do órgão, é “imprescindível” aumentar a oferta de energia em cerca de 5,5 GW a partir de setembro.
As conclusões constam de uma atualização da nota técnica de monitoramento das condições do setor elétrico até novembro.
Entre as soluções que o ONS sugere para aumentar a oferta está a de impulsionar a importação de energia e a colocar em operação mais usinas termelétricas — que geram energia mais cara.
Na última terça (24), o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), presidido pelo Ministério de Minas e Energia, já havia informado que há “relevante piora” das condições hídricas no país, sem detalhar o quadro.
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A quantidade adicional necessária, de 5,5 gigawatts (GW), corresponde a cerca de 7,5% da carga diária atual do sistema elétrico.
Segundo o ONS, os principais reservatórios do país chegarão ao fim do período seco, ou seja, em outubro, com níveis baixos de armazenamento. E mesmo com as medidas adotadas até agora para garantir o fornecimento de energia, “os recursos são insuficientes para atendimento ao mercado de energia e demandarão novas medidas no curto prazo”.
O cenário se agravou em razão do volume de chuvas menor do que o esperado para agosto, principalmente nos reservatórios da região Sul.
Discurso de Bolsonaro
Em transmissão nas suas redes sociais, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) fez um apelo para que a população economize energia. Ao falar sobre a crise hídrica pela qual passa o país, Bolsonaro afirmou que o país está no “limite do limite” e pediu para que seus espectadores apagassem um ponto de luz em sua casa.
“Tenho certeza que você pode apagar um ponto de luz agora. Peço esse favor: apague um ponto de luz. Ajude, assim está ajudando a economizar água das hidrelétricas. Já estamos na casa de 10, 15% de armazenamento em grande parte das represas. Estamos no limite do limite. Algumas vão deixar de funcionar se essa crise hidrológica continuar existindo”, afirmou.
- Fonte: O Globo / G1.
- Foto: Divulgação.