Perto de completar sete meses da morte de Henry Borel, de 4 anos, as audiências de instrução e julgamento do caso começam hoje no 2º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro com a presença da mãe da criança, Monique Medeiros, e acompanhamento remoto, por vídeo, do padrasto do menino.
Presos desde abril, o ex-vereador Jairo Souza Santos Junior, conhecido como Dr. Jairinho, e a mãe de Henry são acusados de homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas.
A expectativa é de que os acusados esclareçam perguntas ainda sem respostas.
Da parte do Ministério Público do Rio de Janeiro, a estratégia será demonstrar um suposto “padrão de comportamento sádico” de Jairinho.
“A qualificadora do crime de Jairinho é o sadismo, a satisfação, o prazer em machucar Henry e outras crianças. Já o motivo da Monique é se beneficiar da vantagem financeira nessa situação” Fabio Vieira, promotor do caso
Com base em laudos e depoimentos, a polícia e a promotoria dizem que Henry foi espancado até a morte por Jairinho no apartamento do ex-vereador na Barra da Tijuca, enquanto Monique tinha ciência do risco que o filho corria. A criança deu entrada sem vida no Hospital Barra D’Or.
O casal começou a namorar em outubro do ano passado. Um mês depois, ela saiu da casa dos pais com o filho em Bangu, na zona oeste, para morar em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca. Jairinho conseguiu um cargo para Monique no TCM (Tribunal de Contas do Município), que largou a função de diretora de uma escola com salário de R$ 4.000 e passou a ganhar 11 mil.
- Fonte: UOL.
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