“O Brasil está muito longe de se tornar uma potência global. Pior ainda, enfrenta gravíssimos problemas internos na sua economia que está condenando seu povo à fome e à miséria. Precisamos devolver a esperança ao Brasil com um plano de recuperação econômica urgente”.
A afirmação é do presidente do PSDB-AM, ex-prefeito de Manaus e ex-senador, Arthur Virgílio Neto, candidato às prévias partidárias que irão escolher o candidato tucano à Presidência da República nas eleições 2022.
Arthur Virgílio lembra o fato de que a inflação acumulada em 12 meses, até setembro, rompeu a barreira dos dois dígitos superando 10%, puxada pelo aumento da carne, gasolina, álcool e energia elétrica, que teve a bandeira vermelha reajustada para enfrentar a crise hídrica.
“É a maior inflação desde a implantação do Plano Real, implantado em um governo do PSDB e que eliminou a famigerada hiperinflação no país”, comenta.
Ele aponta, ainda, o aumento do quadro de fome no Brasil que, segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), já atingiu 19 milhões de pessoas e outras 116,8 milhões (52,2% da população) convivem com algum grau de insegurança alimentar. Soma-se a isso o índice de 14,1 milhões de brasileiros desempregados, a maior taxa desde 2012, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Esses três indicadores juntos: inflação, desemprego e fome são dinamite pura. Estamos pisando em campo minado e eu não vejo o governo fazendo as reformas necessárias, reduzindo despesas, realizando um programa sério de privatizações. Muito pelo contrário, o que vemos é a farra das emendas de relator, a debandada da equipe econômica – só isso já é bastante suspeito, um indício muito forte de que a economia deve piorar – e a fome e o desemprego se alastram. É preciso freio, é preciso resposta para a inflação, para o desemprego, para a avalanche de problemas que impactam nossa economia e nossa população”, afirma Virgílio.
De acordo com Arthur, é necessário pensar em estratégias para a sobrevivência da economia.
“Temos saída para a crise, com o tripé macroeconômico: câmbio flutuante, responsabilidade fiscal e inflação controlada, o mesmo que foi utilizado durante a implantação do Plano Real, com bastante sucesso”, relembra.
Virgílio defende, em primeiro lugar, o equilíbrio fiscal, com redução das despesas primárias, hoje estimadas em mais de R$ 1,6 trilhão, e aumento de receitas sem aumento de tributação, que significa investimento na modernização do sistema de arrecadação e melhor distribuição dos recursos. Ele defende também que sejam realizadas as reformas necessárias, como a reforma tributária, por exemplo.
“O Estado precisa reduzir seus gastos, urgentemente, e promover o equilíbrio fiscal. Qualquer chefe de família sabe que se gastar mais do que ganha vai acumular dificuldades”, explica.
Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência no governo FHC, Arthur Virgílio prega um amplo programa de privatizações que se inicie pelas empresas de menor poder estratégico, mas de bom apelo comercial, e avance até as mais estratégicas, reduzindo consideravelmente o braço do governo na condução de negócios.
“Isso para nós, brasileiros, não é mais tabu. As pessoas já estão muito conscientes do que deve ser gerido pelo Estado e o que está melhor nas mãos da iniciativa privada”, afirma.
O controle da inflação e o aumento da oferta de oportunidades de trabalho e geração de renda são outros aspectos que devem ser tratados com a maior urgência.
“Temos que nos comprometer com a recuperação econômica, buscar parceiros para obras de infraestrutura econômica como estradas, aeroportos, portos. Temos que melhorar nossa imagem na comunidade internacional e buscar investimentos para novos empreendimentos e novos serviços. Temos que voltar a dar esperanças ao povo”, reafirma Virgílio.
- Fonte: Assessoria de Comunicação.
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