A Áustria voltou a impor lockdown total em todo o país, se tornando o primeiro da Europa Ocidental a adotar, novamente, o bloqueio. A medida entra em vigor nesta segunda-feira (22) e vai durar por, no mínimo, 10 dias.
Além disso, o presidente do país anunciou que a vacinação será obrigatória a partir de 1º de fevereiro – essa será a medida mais rigorosa para controlar a pandemia já vista em todo o continente europeu.
“Não queremos uma quinta onda. Não queremos uma sexta e sétima ondas. Não queremos ter essa discussão no próximo verão”, disse o chanceler Alexander Schallenberg em uma coletiva de imprensa.
Escolas e jardins de infância continuam abertos mesmo durante o bloqueio. Mas, segundo Schallenberg, os pais podem tirar os filhos da escola se assim desejarem. As autoridades recomendaram, também, o uso de máscaras FFP2 em espaços fechados e disse que os funcionários poderão solicitar a opção de trabalharem em casa. As medidas vêm causando desconforto para parte da população, que não concorda com a vacinação.
No último sábado (20), milhares de pessoas protestaram contra as restrições relacionadas ao coronavírus.
A multidão, de cerca de 35 mil pessoas, se aglomerou em frente ao antigo palácio imperial no centro de Viena, agitando bandeiras e carregando cartazes com os dizeres “não à vacinação”, “já chega” ou “abaixo a ditadura fascista”.
O Partido da Liberdade e outros grupos críticos à vacina já planejavam um ato, mas o anúncio do lockdown incendiou a base e levou o líder do grupo, Herbert Kickl, a declarar que, “a partir de hoje, a Áustria é uma ditadura”. Mas ele não compareceu pois estava infectado com a Covid-19.
Para evitar novos atos violentos, mais de 1.400 policiais foram enviados ao redor de todo o país para manter a ordem pública. A Áustria tem uma das taxas de vacinação mais baixas em toda a Europa Ocidental – ali, somente 66% da população está totalmente imunizada contra a Covid-19.
- Fonte: G1 / CNN.
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