O paulistano de 5 anos que descobriu 15 asteroides em um projeto da Nasa, a agência espacial americana, mostrou seu entendimento sobre astronomia aos dois anos durante uma visita ao Museu Catavento, na região central da capital paulista.
Miro Latansio Tsai se tornou a pessoa mais jovem do mundo a realizar a descoberta de asteroides em um projeto em parceria com a Nasa que tem por objetivo mapear constantemente o céu em busca de objetos próximos que possam apresentar risco de colisão com a Terra.
Parceria com a Nasa
O projeto em que Miro identificou 15 asteroides é o Caça-Asteroides 2021, realizado pelo International Astronomical Search Collaboration (IASC – Programa de Colaboração de Pesquisa Astronômica Internacional, em tradução livre), em parceria com a Nasa e o Panoramic Survey Telescope and Rapid Response System (Pan-STARRS).
O objetivo é mapear constantemente o céu em busca de objetos próximos que possam apresentar risco de colisão com a Terra.
No Brasil, o projeto acontece por intermédio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Os relatórios são revisados e validados pelo IASC e então submetidos ao Minor Planet Center (MPC) em Harvard. O MPC é reconhecido pela International Astromonical Union, em Paris, como o repositório oficial mundial de dados sobre asteroides.
Miro tem asteroides provisórios e preliminares. Os preliminares são a confirmação de que o que ele identificou é mesmo um asteroide, porém a autoria da descoberta só se dá oficialmente quando termina o processo de análise.
Assim, apesar de ele ter realmente visto um asteroide novo, ele ainda não teve a autoria confirmada. Os preliminares são prováveis asteroides que já passaram pelo crivo de Harvard e do IASC e foram cadastrados no site internacional de observações MPC.
Com o tempo, se essas detecções forem confirmadas por observações adicionais feitas por grandes pesquisas do céu (por exemplo, Pan-STARRS, Catalina Sky Survey), elas podem se tornar descobertas que são numeradas pela União Astronômica Internacional.
Esse processo, desde a primeira detecção até o status de descoberta, leva de 6 a 8 anos. Uma vez numerados, os descobridores podem propor nomes à IAU.
- *Com informações do G1
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