Durante entrevista cedida à apresentadora Letícia Barbosa, Elton Aleme, que é coordenador do Forúm de Entidades de Enfermagem do Amazonas, contou que após o Senado aprovar, por unanimidade, o Projeto de Lei (PL) 2564/2020, o pedido foi encaminhado para a Câmara dos Deputados, onde, por sua vez, fora criado um grupo de trabalho para analisar os impactos financeiros que a aprovação do PL traria.
Segundo o Ministério da Saúde, o custo total de instituições de saúde públicas, privadas e filantrópicas com profissionais da enfermagem poderá aumentar em R$ 16,31 bilhões. A proposta fixa o piso salarial de enfermeiros em R$ 4.750,00; o de técnicos de enfermagem em R$ 3.325,00; e o de auxiliares e de parteiras em R$ 2.375,00.
A Carreata pela valorização da Enfermagem, como tem sido intitulada pela categoria, aconteceu desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (8), e teve como concentração a avenida do Samba. O percurso, que iniciou às 9h, seguiu até a Ponta Negra.
Além do Coren-AM e do Sateam, o movimento tem o apoio de entidades de representação de classe, estabelecimentos de saúde e instituições de ensino, a segunda edição da Carreata pela valorização da Enfermagem.
“Aqui no Amazonas estamos desde cedo mobilizados. Logo cedo teve uma carreata e nós estamos fazendo uma caravana em vários hospitais de Manaus.”, disse Elton.
Sobre outras reivindicações, Aleme disse que o PL apresentado no Congresso Nacional, antes previa que, além do piso salarial da enfermagem que seria no valor de R$7.315 mil, também previa a jornada de trabalho de 30h. Porém, os senadores retiraram a jornada de trabalho, além de reduzir o valor do piso.
“Hoje, o projeto está sendo apresentado somente com o piso salarial, que está no valor de R$ 4.750 mil para os profissionais graduados e a metade do valor para os técnicos e R$ 2.400 para os auxiliares de enfermagem.”, finalizou Aleme.
Em contrapartida, a coordenadora do grupo de trabalho, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) sugeriu que as diferenças regionais sejam consideradas no debate sobre medidas compensatórias, mas reforçou a importância de manter o foco na aprovação do projeto.
“Temos clareza e convicção da importância e da necessidade de continuar com a tramitação desse projeto até o momento final, agora com dados claros sobre o real impacto financeiro da implantação do novo piso nacional da enfermagem”, disse.
*Da redação
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