domingo, julho 7, 2024

Meio-ambiente: Segundo pesquisa, maioria dos brasileiros afirmam que aquecimento global pode prejudicar suas famílias

Na percepção de 96% dos brasileiros, o aquecimento global está acontecendo. Para 81%, a questão é “muito importante” e 61% se dizem “muito preocupados”. No entanto, apenas 21% consideram conhecer o bastante sobre o assunto.

Realizada pelo segundo ano consecutivo, a pesquisa de opinião encomendada pelo Instituto Tecnologia e Sociedade (ITS) e conduzida pelo Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) ouviu 2.600 pessoas de todas as regiões do País. As entrevistas foram feitas por telefone entre setembro e novembro do ano passado. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

A pergunta “o quanto você acha que o aquecimento global pode prejudicar você e sua família?”, 75% dos brasileiros responderam que o fenômeno pode lhes prejudicar muito (contra 72% em 2020); 13% disseram que o grau de prejuízo pode ser “mais ou menos”, 8% responderam “um pouco” e, para 3%, a resposta foi “nada” (que teve 5% das respostas em 2020).

O nível de preocupação é bem distribuído entre as cinco regiões do País, sendo mais alto no Centro-Oeste, onde 79% responderam que o aquecimento global pode lhes prejudicar muito. A resposta foi dada por 70% dos entrevistados no Sul –o número mais baixo entre as regiões.

Entre a população preta, a percepção de que o aquecimento global pode lhes prejudicar muito é mais alta: teve 82% das respostas, contra 78% entre pardos, 71% na população branca e 74% entre os que se identificam com outras raças. O alerta também é maior entre as mulheres: 80% delas responderam que podem se prejudicar muito, contra 70% dos homens.

Incêndio próximo ao Rio Branco, na Reserva Extrativista Jaci-Paraná, em Porto Velho, Estado de Rondônia Incêndio próximo ao rio Branco na Reserva Extrativista Jaci-Paraná, em Porto Velho, estado de Rondônia (Christian Braga – 16.ago.20/Greenpeace)

A resposta também teve mais aderência entre a esquerda (81%) e o centro (78%). Entre os entrevistados que se identificam com à direita no espectro político, a percepção de que podem se prejudicar muito cai para 69% dos entrevistados e fica em 77% entre os que não sabem ou não responderam sobre a posição política.

Entre os que se consideram “mais à esquerda”, 88% se dizem muito preocupados com o aquecimento global (eram 83% em 2020), o número se repete entre os de centro (eram 85% em 2020). Nos entrevistados que se declaram “mais à direita”, o número é relativamente mais baixo, mas ainda assim majoritário: 75% se dizem “muito preocupados”; em 2020, eles eram 72%.

Entre os que não souberam ou não responderam sobre sua posição no espectro político, 78% se dizem muito preocupados com o clima. O número era de 76%, em 2020. Segundo a diretora de inteligência do Ipec, Rosi Rosendo, a pesquisa indica que a alta preocupação dos brasileiros com o clima atualmente está mais conectada com a vivência de impactos ambientais negativos do que com a discussão geral apresentada pelo noticiário.

Questionados sobre os três maiores responsáveis pelas queimadas na Amazônia, os brasileiros apontaram os madeireiros (76%), agricultores (50%) e pecuaristas (49%). Em seguida, os garimpeiros (43%) e o governo (38%). Indígenas e ONGs também foram apontados respectivamente por 8% e 6% dos entrevistados.

Questionados sobre o que consideram mais importante entre as opções “proteger o meio ambiente, mesmo que isso signifique menos emprego e crescimento econômico” ou “promover o crescimento econômico e a geração de empregos, mesmo que isso prejudique o meio ambiente”, 77% dos entrevistados responderam que a proteção ambiental seria mais importante.

Apenas 13% priorizaram o crescimento econômico, e 10% não sabem ou não responderam.

Para 50% dos brasileiros, quem mais pode contribuir para resolver o problema das queimadas na Amazônia são os governos e, para 21%, os cidadãos. Outros 13% responderam “empresas e a indústria”, 9% apostaram nos militares e 4%, nas ONGs. Para 74% da população, as queimadas não são necessárias para o crescimento da economia e 86% concordam que a prática prejudica a imagem do Brasil no exterior.


  • Fonte: Agencia Cenarium
  • Foto: Divulgação

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