A pandemia do novo Coronavírus tem afetado o cotidiano de todos e desafiado pesquisadores de diversos países. Mas vale lembrar, que há poucos anos um outro vírus se desenvolveu e trouxe prejuízos ao Brasil, o da zika. Agora, uma pesquisa recente da Fundação Oswaldo Cruz sobre a descoberta de uma nova linhagem do vírus da zika deixou muitos brasileiros preocupados, principalmente, os do Estado da Amazônia Legal, onde o período de seca já começou, o que acaba contribuindo para a proliferação do mosquito.
De acordo com o estudo realizado por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para a Saúde (Cidacs), da Fiocruz Bahia, a nova linhagem africana do vírus da zika, que tem o potencial de originar uma nova epidemia da doença, já estaria circulando pelo País. Em estudos preliminares os cientistas encontraram focos da linhagem africana do zika, nas regiões sul (Rio Grande do Sul) e sudeste (Rio de Janeiro).
No entanto, o coordenador de Vigilância de Viroses Emergentes e vice-diretor de Pesquisas, da Fiocruz Manaus, Felipe Naveca, descarta a existência da linhagem africana do vírus na região Norte. Segundo Felipe, que é especialista em vírus emergentes como zika, aedes e chikungunya, é preciso cautela antes de divulgar um dado desta proporção, principalmente, no que se refere à imunização e à circulação da doença no Brasil.
O cientista da Fiocruz Manaus afirma ainda que é importante fazer um monitoramento, principalmente num País de proporções como Brasil, onde a epidemiologia não necessariamente é a mesma em todos os Estados.
A Fiocruz Manaus, em parceria com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), mantém um programa frequente de monitoramento de vírus emergentes em todo o Estado, cujo objetivo é detectar qualquer vetor suspeito e encaminhá-lo imediatamente para equipes de controle e, assim, impedir a circulação do transmissor na região, destaca Felipe Naveca.
*Com informações da Agencia Cenarium
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