sábado, outubro 5, 2024

Sustentabilidade – Pecuaristas mostram que é possível produzir carne de forma sustentável na Amazônia

Um grupo de cerca de 60 fazendeiros de Mato Grosso está mostrando que é possível aliar produção de carne com sustentabilidade.

Há sete anos, eles decidiram fundar a Liga do Araguaia, uma rede de pecuaristas que, atualmente, ocupa 149 mil hectares em onze municípios do estado.

Por este território, eles aplicam uma série de técnicas que reduzem impactos ambientais, como recuperação e intensificação de pastagens, integração entre lavoura e pecuária e preservação da fauna e floral local.

Além disso, não abrem mão do bem-estar animal: em uma das fazendas, os bezerros recebem até massagem para tirar o estresse.

Os pecuaristas que “deram liga” se uniram depois de discutirem a imagem da pecuária brasileira no exterior, que não está muito positiva, diante de um mercado que, cada vez mais, exige uma carne vinda de locais que respeitem a natureza.

Recuperação de pastagem

Uma das ações da Liga é a fazer a recuperação das pastagens. Esta é muito importante para evitar que novas áreas sejam desmatadas. Além disso, uma vegetação saudável é essencial para uma maior absorção de CO2.

Quando se diz que a vegetação remove gás carbônico da atmosfera significa o seguinte: toda planta, através da fotossíntese, retira o CO2 do ar. É graças a este que a planta vai crescer. O carbono vira raízes, folhas e galhos. E o oxigênio é liberado para o ar.

No Brasil, quase todo o gado é criado a pasto. Mas estimativas da Embrapa apontam que, de 165 milhões de hectares destinados à pecuária, cerca de 60% estão fracos ou até completamente degradados.

Intensificação

Além da maior absorção de CO2, pasto bom é igual a mais comida para o gado e mais animais podendo pastar em uma mesma área: é a chamada intensificação de pastagem, que compensa o custo da renovação.

Em uma das propriedades da Liga, na Fazenda Água Preta, em Cocalinho, o capim, além de sustentar o gado, vira silagem, um alimento para o gado na fase de engorda, quando ele fica confinado.

O confinamento também é fonte de ganhos ambientais, pois, nesse sistema, a idade do abate do boi é reduzida, já que este fica menos tempo no pasto emitindo uma série de gases.

Um deles é o metano, que é 20 vezes pior que o CO2 quando se fala em aquecimento global.


*Com informações do Globo Rural

  • Foto: Divulgação

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