O universitário negro Carlos Vinícius, de 21 anos, diz ter sido agredido na noite de sexta-feira (25), após ser confundido com um assaltante por funcionários de uma lanchonete do bairro Santo Agostinho, na Zona Oeste de Manaus.
O estudante contou que chegava da faculdade, quando foi até o estabelecimento, localizado próximo ao condomínio onde ele mora, para comprar um lanche e foi atendido diretamente pelo proprietário.
O estudante relatou que se preparava para retirar o dinheiro da mochila, quando percebeu que o dono da lanchonete saiu correndo.
“No começo, eu não entendi o porquê dele ter saído correndo, mas depois ele me acusou de ladrão. Ouvi um dos dos atendentes falando para pegar uma faca”, relatou.
Assustado, o jovem relata que tentou contornar a situação, e decidiu deixar o estabelecimento, mas foi perseguido por cinco homens.
As agressões só pararam quando uma mototaxista passou pelo local, e pediu que os agressores parassem de bater na vítima. Carlos precisou ser levado ao hospital e teve a cabeça enfaixada por conta dos ferimentos.
Injúria Racial
Segundo o universitário, as agressões foram motivadas pelo fato dele ser negro.
“Acharam que eu era ladrão por ter a pele escura. Para mim, eu claramente sofri injúria racial. Se eu fosse um pessoa branca, eu não teria passado por todo esse ocorrido”, afirmou.
O estudante registrou boletim de ocorrência e passou por exame de corpo de delito ainda sexta-feira (2).
Por meio de assessoria, o delegado Aldeney Goes, responsável por investigar o caso, informou que um inquérito policial foi instaurado para investigar o caso, e que mais informações não podem ser repassadas para não atrapalhar os trabalhos policiais.
*Com informações do G1
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