O torcedor que exibiu uma tatuagem com símbolo do Partido Nazista alemão no último domingo (17) no estádio da Colina, em Manaus, foi identificado e conduzido para prestar depoimento no 5º Distrito Integrado de Polícia na manhã desta quarta-feira (20).
Segundo o delegado titular da unidade, Ivo Martins, o rapaz está colaborando com a investigação. O celular e o computador do homem serão analisados.
“Tivemos uma conversa aberta na presença dos advogados dele, e ele disse que não tinha intenção, quando tatuou há cerca de 10 anos, de promover nenhum tipo de incitação, induzimento a essa prática nazista como foi amplamente divulgado. A gente está apurando. Ele está com atitude colaborativa, já nos entregou celular e o computador será arrecadado. Vamos checar essas informações de maneira técnica, para que possa ser assegurado a ele toda a defesa pertinente e em seguida ele vai ser ouvido formalmente na presença do advogado dele”, explicou Martins.
O homem chamou atenção dos outros torcedores na arquibancada quando tirou a camisa e revelou a tatuagem nas costas. Além da suástica, o desenho da águia também representa o partido nazista. Ela foi escolhida pelo partido alemão pelo fato de ser um símbolo universal de poder, força, autoridade e vitória. Atributos que vão ao encontro da ideologia de superioridade nazista.
A apologia do nazismo usando símbolos nazistas, distribuindo emblemas ou fazendo propaganda desse regime é crime no Brasil e se enquadra na Lei 7.716/1989, com pena de reclusão de dois a cinco anos e multa.
Nota
Por meio de nota, a diretoria do São Raimundo Esporte Clube informou que tomou conhecimento do fato e que repudia qualquer manifestação nazista.
O clube afirmou também que “condena veementemente toda e qualquer manifestação favorável àquilo que foi uma das maiores máculas da história mundial! Este indivíduo, uma vez identificado, não mais adentrará as dependências do estádio em dias de jogos do Tufão. Além disso, encaminharemos formalmente uma denúncia aos órgãos criminais para que haja a devida investigação e persecução penal.”
*Com informações do G1
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