Políticos e empresários amazonenses repercutiram os decretos do presidente Jair Bolsonaro que prejudicam o Polo Industrial de Manaus. Um dos decretos ampliou para 35% a redução do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) e outro zerou o imposto do polo de concentrados.
O novo decreto – que ampliou para 35% a redução do imposto – foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (29). Segundo o governo, a medida visa ajudar na recuperação econômica do país, mas ameaça a competitividade do Polo Industrial da capital amazonense.
Já o decreto que zerou o IPI de insumos utilizados na produção de refrigerantes, como extratos e aromatizantes, foi publicado ainda na noite de quinta-feira (28).
Omar Aziz – Senador
O senador Omar Aziz, do PSD, criticou os decretos e disse que isso pode acarretar demissões em massa no estado, uma vez que vai impactar na receita de muitos municípios:
“Ele [Jair Bolsonaro] zerou o IPI dos concentrados. O presidente sabe da importância desse segmento para Manaus, porque gera emprego em Maués, gera emprego em Presidente Figueiredo, e gera emprego em muitos outros municípios que produzem açaí. O presidente tem consciência do que está fazendo”, disse.
Marcelo Ramos – deputado federal
O vice-presidente da Câmara dos deputados, deputado Marcelo Ramos (PSD-AM) também se pronunciou sobre as medidas anunciadas pelo governo Federal. Para ele, a redução do IPI para 35% e o fim do imposto para o polo de concentrados vai afetar centenas de pessoas:
“Mais um golpe contra os amazonenses, mais um golpe contra nossos empregos, contra nossas escolas, contra nossos hospitais, contra nossa economia, contra a UEA, contra a nossa floresta”.
José Ricardo – deputado federal
Já o deputado José Ricardo (PT-AM) usou as redes sociais para pronunciar. Ele disse que ao acabar com as vantagens da Zona Franca, as empresas que atuam no modelo devem deixar Manaus.
“Ao zerar a alíquota dos concentrados de refrigerantes o Bolsonaro acaba com as vantagens da ZFM. As empresas não terão mais razão para ficar em Manaus. A perspectiva é de fechamento de fábricas e desemprego. Mais trabalhadores na rua. Que tristeza para muitas famílias”.
Antônio Silva, presidente da FIEAM
Por fim, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antônio Silva, disse que o órgão vai avaliar os impactos dos decretos antes de tomar alguma medida:
“Estamos avaliando quais os impactos para depois nos posicionarmos. Mas devemos adotar uma medida mais pontual para assegurar as vantagens comparativas constitucionais de nosso modelo.”
*Com informações do G1
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