Em discurso nesta segunda-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “poderia ter acabado com a CPI [da Covid] nas primeiras semanas”. Antes da declaração, Bolsonaro falava sobre investigações de corrupção.
“Isso está sendo uma regra no nosso governo, se aparecer algo a gente vai para cima, ajuda a investigação. Olha a CPI da Covid, eu poderia ter acabado com a CPI nas primeiras semanas”, afirmou o presidente.
Na sequência, Bolsonaro afirma que não aceitaria emenda de Omar Aziz e Renildo Calheiros, irmão de Renan Calheiros, sobre a compra de vacinas contra Covid-19 sem licitação.
“O alvo era eu, me acusaram de fraude virtual. ‘Ai, ele queria comprar a Covaxin’. Não compramos uma dose, não pagamos um centavo. E se tivesse comprado, eu não seria o responsável”, disse Bolsonaro.
Confira declaração do presidente completa:
RESPOSTA
O Senador Omar Aziz (MDB) rebateu as acusações de Bolsonaro através de vídeo publicado em suas redes sociais. O parlamentar comentou que, assim como ele [Bolsonaro], também foi eleito democraticamente e disse que o presidente estaria de ‘conversa fiada’.
“Presidente Bolsonaro, eu irei lhe chamar de presidente porque o senhor foi eleito democraticamente pelas urnas eletrônicas[…], agora num evento o senhor disse que não aceitou uma emenda minha, por isso que teve a CPI, para de conversa fiada, haja com seriedade no posto que o senhor tá”, disse Omar.
Ainda de acordo com Aziz, Bolsonaro teria influência sobre alguns parlamentares que compunham a CPI.
Veja vídeo:
“Você manda em alguns que você comanda, não em todos. Inclusive, dentro da CPI, eu era só um, era onze menos, o senhor não mandava em sete, quatro faziam o que o senhor queria”, pontuou o senador.
Omar seguiu dizendo que o mandatário do país teria comprado vacina contra sua vontade, “não queria vacinar o povo brasileiro”.
“Você tá no lugar errado. Você não tinha capacidade para gerenciar e liderar esse país”, finalizou o parlamentar.
Da redação
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