O sauim-de-coleira é um pequeno primata que pesa entre 450g e 550g. O mamífero, que tem como característica uma faixa branca de penugem na metade superior do peito e que acaba no pescoço, é uma espécie endêmica restrita à região de Manaus, se estendendo a Rio Preto da Eva e Itacoatiara, cidades do Amazonas. Ou seja, é apenas nessa região da floresta amazônica onde esse animal vive e se reproduz. Mas o desmatamento e destruição de fragmentos florestais colocaram o sauim no ranking das espécies criticamente ameaçadas de extinção.
Os animais dessa espécie vivem, hoje, em uma área reduzida de apenas 7,5 mil km², segundo o Instituto Saium-de-Coleira, uma organização não governamental que tem por finalidade desenvolver ações de pesquisa científica, conservação, educação ambiental e articulação de políticas públicas para a proteção do sauim-de-coleira e de seu hábitat.
“A principal ameaça a esta espécie é a perda, fragmentação e degradação do habitat. A sua distribuição, além de restrita, coincide com o eixo de desenvolvimento Manaus/Itacoatiara. (…) Assim, todos os anos os sauins veem a sua floresta sendo substituída por assentamentos humanos, pastos, plantações e grandes obras de infraestrutura. E o impacto dessa ocupação do espaço pelo homem acaba por promover um desmatamento contínuo e acelerado, levando à morte milhares de sauins”, diz o Instituto.
A perda de habitat dos sauins também obriga esses animais a viverem próximos a ocupações urbanas. “Num mundo de cimento e asfalto, esse pequeno primata precisa lidar com ruas e avenidas, intenso tráfego de veículos, redes elétricas, animais domésticos e homens, nem sempre amigáveis ou bem intencionados”, pontua também o instituto.
*Com informações da Agencia Cenarium
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