O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse na última quinta-feira (26), que o decreto de criação do mercado regulado de carbono no País, assinado na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), reforça o potencial que o País tem de ser um “gigantesco fornecedor de energia limpa.”
“Nós temos uma oportunidade única, de ser um País que irá contribuir com a descarbonização e a redução de emissões globais”, disse o ministro, que participa na manhã desta quinta da 16ª edição do Prêmio Broadcast Projeções e da 26ª edição do Prêmio Broadcast Analistas, organizados pela Agência Estado, de 2022.
De acordo com Leite, o decreto traz benefícios para todos os setores, já que o Brasil tem características naturais e econômicas de geração de crédito a um custo menor do que o de outros países. O ministro citou o potencial de geração de crédito na Amazônia, com reflorestamento e com açúcar e álcool.
“Vários outros setores também podem se beneficiar, como o inovador crédito de metano. Nenhum outro país do mundo trouxe um crédito específico para metano como nós trouxemos, para tratar o lixo orgânico, tanto no campo quanto na cidade”, afirmou. “Temos um potencial de 120 milhões de metros cúbicos por dia, isso equivale a quatro gasodutos Brasil-Bolívia.”
Segundo Leite, o País tem potencial de substituir até 30% do uso do diesel, especialmente na agricultura, com o uso do biometano. O ministro também reforçou que, após o decreto, usinas de açúcar e álcool já anunciaram investimentos em torno de R$ 60 bilhões. De acordo com Leite, estudos do Banco Mundial também mostram que o Brasil tem a possibilidade de instalar “50 Itaipus” no mar, com potencial de geração de até 700 gigawatts de energia limpa.
*Época
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