O homem preso na terça-feira (7) suspeito de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips foi visto por ribeirinhos trafegando em uma lancha logo atrás da embarcação dos dois no dia em que sumiram. As informações são da Polícia Militar.
De acordo com o Comando de Policiamento do Interior (CPI), o suspeito, identificado como Amarildo da Costa de Oliveira, de 41 anos, e conhecido como “Pelado”, foi localizado na comunidade São Gabriel, uma vila a poucos quilômetros da comunidade São Rafael, onde Bruno e Phillips foram vistos pela última vez, no domingo (5).
Ainda segundo as autoridades, o homem tinha munições em seu poder quando foi encontrado, por conta disso, acabou preso em flagrante. Entretanto, o suspeito nega envolvimento no desaparecimento do indigenista e do jornalista.
“A única situação que ele [diz que] acompanhou foi quando a embarcação que Bruno e Dom Philips estavam conduzindo passou em frente a sua comunidade. [Ele diz ter feito] contato visual apenas”, afirmou o delegado da Polícia Civil Alex Perez, responsável por investigar o caso.
A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o desaparecimento. Até a noite de terça-feira, seis pessoas tinham prestado depoimento. Além de Amarildo, ouvido na condição de suspeito, a polícia colheu informações de cinco testemunhas.
Segunda maior reserva do país, a Terra Indígena Vale do Javari é palco de conflitos típicos da região: tráfico de drogas, roubo de madeira e avanço do garimpo ilegal.
Buscas
Ainda no domingo, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) começou as buscas. Sem obter sucesso, a organização indígena acionou na segunda-feira as autoridades e divulgou nota à imprensa comunicando o desaparecimento dos dois.
Desde então, diversos órgãos federais estão envolvidos na operação para tentar encontrá-los. Agentes da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) participam das buscas, além da Marinha e do Exército.
Na segunda-feira, o governo do Amazonas anunciou o envio de bombeiros, policiais civis e militares para reforçar a procura.
*G1 Amazonas
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