sábado, novembro 23, 2024

Meio-Ambiente – Operação combate desmatamento dentro de área protegida em RO

Uma operação contra o desmatamento na Estação Ecológica (Esec) Soldado da Borracha, em Rondônia, mira em um grupo criminoso que já desmatou quase 9 mil campos de futebol dentro da reserva e gerou prejuízo avaliado em R$ 345 milhões.

A ação contra o crime ambiental é chamada de Operação Arigós e ocorre nesta terça-feira, 14, com o objetivo de apurar e combater a derrubada de mata nativa na Esec, que abrange um território de quase 180 mil hectares, entre os municípios de Porto Velho – a capital do Estado – e Cujubim, no interior, como informou o Ministério Público do Estado de Rondônia (MPRO).

Além do MP, participam outras cinco instituições: Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Meio Ambiente (DERCCMA), Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Núcleo de Operações Aéreas da Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania (NOA) e Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope).

A Esec Soldado da Borracha abraça quase 180 mil hectares, entre Porto Velho e Cujubim, em Rondônia (Reprodução/WWF Brasil)

A operação

A ação de combate às irregularidades dentro da área protegida visa cumprir, ainda nesta terça-feira, 14, cinco mandados de busca e apreensão nas áreas urbana e rural dos dois municípios abraçados pela área de floresta.

De acordo com o MPRO, a Unidade de Conservação “tem como única e exclusiva finalidade a preservação da natureza e realização de pesquisas científicas”, mas, ao contrário disso, vem sofrendo com a grande faixa de desmatamento.

O órgão estima que a ferida aberta em mais de 9,6 mil hectares, ou seja, algo próximo de 9 mil campos de futebol, com a derrubada ilegal de árvores e de vegetação em geral, equivale ao montante de R$ 345 milhões em danos ao ecossistema. Por isso, a operação Arigós deve constatar este cálculo, além de “identificar os reais mentores e beneficiários” da rede de degradação ao meio ambiente da região.

O Ministério Público aponta ainda que o esquema é comandado à distância, por meio do intermédio de terceiros para construir “uma espécie de blindagem contra as responsabilidades criminais, cíveis e administrativas”, ressaltou em nota.


* Agência Amazônia 

  • Foto: Divulgação

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