sábado, novembro 23, 2024

Brasil – Documentário da HBO, ‘Pacto Brutal’, revisita o assassinato de Daniella Perez e traz detalhes sobre o crime

Lançada em 21 de julho, a série documental ‘Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez’, produzida pela HBO, reconstitui com detalhes os fatos e o julgamento do caso que impactou o Brasil em meados de 1992. Com direção de Tatiana Issa e roteiro de Guto Barra, o documentário conta com cinco episódios e traz os relatos de familiares e amigos de Daniella, cerca de 30 anos após o crime.

Segundo Tatiana Issa, diretora da obra, ‘Pacto Brutal’ foi pensado para revisitar o crime e contar a história da maneira mais correta, baseada em cima dos autos do processo.

“Passados tantos anos, eu tive vontade, até por ser mulher, de entender tudo que aconteceu e construir meu olhar crítico sobre como a Dani foi tratada e como a culpa sempre cai em cima da vítima. É um clássico no Brasil e no mundo”, continua Tatiana. “Para além do meu envolvimento pessoal, havia o interesse como ser humano de entender por que o caso não foi tão esclarecido na época, apesar de ter recebido uma imensa cobertura da imprensa”, conta a cineasta em entrevista a um site de entretenimento.

A morte prematura da atriz global mexeu com o país inteiro. O assassinato de Daniella, filha da autora e produtora brasileira, Glória Perez, ganhou notoriedade e ocupou as primeiras páginas dos jornais nacionais por anos.

Participação de Glória Perez no projeto

“É bom deixar claro que a Glória não participa nem como produtora nem como roteirista”, elucidou Tatiana Issa. “O roteiro é do Guto, a direção é nossa compartilhada, e a Glória apenas cede o arquivo dela. É óbvio que, ao fazê-lo, ela fornece algo muito valioso, que nunca havia compartilhado com ninguém, que nunca havia confiado a ninguém”, completou a cineasta, reiterando o crédito de Glória como entrevistada.

Em ‘Pacto Brutal’ Glória Perez apresenta não só seu relato, como recorte de jornais da época, capas de revistas, fotos e outros documentos inéditos. Como mãe da vítima, ela rastreou testemunhas, identificou evidências e ajudou a expor os erros da investigação. Sua atuação foi fundamental para a resolução do caso, além de ter deixado um legado ao conseguir mudar a legislação brasileira para que incluísse homicídio qualificado dentro dos crimes hediondos.

Relembre o caso

Em meados de 1992, a atriz e bailarina Daniella Perez, filha da autora de novelas Glória Perez, estava no auge de sua carreira. Aos 22 anos, ela protagonizava a novela ‘De Corpo e Alma’, exibida em horário nobre pela TV Globo, quando foi brutalmente assassinada por seu colega de elenco, o ator Guilherme de Pádua, que vivia seu par romântico no folhetim global.

Segundo testemunhas, o crime cometido por Guilherme de Pádua teria sido motivado porque seu tempo na novela estava diminuindo. No dia do assassinato da atriz, os dois gravaram uma cena em que seus personagens terminavam o relacionamento. Neste momento, o ator ficou abalado, acreditando que seria seu fim na trama.

Mais tarde, o assassino seguiu Daniella e a matou, de forma premeditada, com a ajuda de sua esposa Paula Thomaz, que na época estava grávida de quatro meses. O corpo de Daniella foi encontrado com diversas punhaladas no pulmão, coração e pescoço.

O casal foi preso no dia 31 de dezembro, três dias após o ocorrido, quando Guilherme confessou o crime depois de várias provas surgirem contra ele.

Cinco anos depois, os assassinos foram julgados e condenados a 19 anos de prisão. Porém, mesmo com a repercussão midiática em torno do crime, ambos foram soltos em liberdade condicional em 1999. Atualmente, Guilherme de Pádua é pastor em uma Igreja Batista, localizada em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Assista ao trailer do documentário:


Por Narel Desiree para o Portal Manaós
Foto: Reprodução | Capa: Marcus Reis

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