Com as portas fechadas há aproximadamente três anos, o Tropical Hotel, que fica localizado às margens do Rio Negro, na capital amazonense, deve retomar as atividades em dezembro deste ano. A afirmação foi feita pelo Grupo Fametro, que arrematou o empreendimento em um leilão há dois anos.
A previsão é que sejam geradas mil vagas de empregos diretos com a reabertura do hotel que, além de ser retratado como uma das belezas turísticas de Manaus, é considerado um dos mais famosos empreendimentos da Amazônia.
Tido como um dos mais luxuosos hotéis da região durante o seu auge, o Hotel Tropical teve a falência decretada por conta de dívidas trabalhistas e com a concessionária de energia elétrica.
O hotel está passando por uma série de reformas, em um processo de retrofit, no qual a arquitetura original é preservada e readequada à legislação vigente.
O hotel conta com 520 apartamentos, spa, academia, quadra de esporte, restaurantes, duas piscinas grandes e dois espaços kids, um interno e outro externo, que serão construídos.
Segundo o Grupo Fametro, uma das novidades da reforma será o restaurante com vista panorâmica. Ao todo, estão sendo investidos cerca de R$ 100 milhões.
Hotel Tropical
Inaugurado nos anos 70, o Hotel Tropical fazia parte do grupo Varig, que, na época, era a principal empresa aérea do Brasil. Os 611 apartamentos estavam sempre lotados de celebridades que visitavam a região. Mas, a falência da Varig também derrubou o grande hotel da selva.
O Tropical parou de receber hóspedes em maio de 2019, depois que cortaram a energia do hotel. As contas atrasadas superavam R$ 20 milhões. Desde 2011, a administração do hotel não depositava o Fundo de Garantia nem o INSS dos novos funcionários que contratava e não pagou as rescisões de ninguém. A dívida trabalhista foi estimada em cerca de R$ 20 milhões.
O hotel foi leiloado por mais de R$ 91 milhões. Anteriormente, o imóvel já havia recebido ofertas de compras por outras três empresas, que desistiram do arremate.
Da Redação com informações do G1
Fotos: Divulgação | Capa: Neto Ribeiro