Elizabeth Alexandra Mary, oficialmente Elizabeth II, foi por 70 anos a soberana da Grã-Bretanha, Irlanda do Norte e líder da comunidade de 56 países conhecida como Commonwealth. Iniciado em 1952, seu reinado foi o mais longevo da monarquia britânica. Na monarquia constitucional britânica, o soberano tem a prerrogativa de convocar o premiê e questionar sua política. O monarca também tem o poder de dissolver o Parlamento ou apontar um primeiro-ministro, caso os membros do partido majoritário falhem em fazer isso.
Assim, o monarca britânico exerce um papel constitucional importante na transição de poder, quando o primeiro-ministro eleito aponta seu governo. O reinado de Elizabeth II teve 15 premiês, sendo o primeiro Winston Churchil, e a última Liz Truss, que assumiu o cargo há alguns dias. Apenas uma vez na história a rainha teve que escolher o premiê à revelia do Parlamento, quando o partido Conservador não conseguiu chegar a um consenso para escolher seu líder.
Porém, além de suas funções constitucionais, na prática a rainha Elizabeth II e a família real exerceram uma função de elevada importância simbólica. Eles são considerados símbolos vivos de unidade nacional e continuidade da cultura britânica. Suas aparições e pronunciamentos mobilizam multidões. Para se ter ideia, isso é tão forte na cultura britânica que, no Natal, muitas famílias só começam o almoço natalino (os britânicos não celebram a noite da véspera de Natal) após ouvirem o discurso da rainha.
Em 2012, a celebração do Jubileu de Diamante de Elizabeth II voltou a encher as rua de Londres de festas e celebrações. Em 2015, seu tempo de reinado superou o da Rainha Vitória, de 63 anos e 216 dias, até então o reinado britânico mais longevo. Elizabeth II exerceu o segundo reinado mais longevo da história, ficando atrás apenas do rei Louis XIV da França, que atingiu a marca de 72 anos no poder.
Em 2016, a história da família Windsor se tornou extremamente popular não só na Grã-Bretanha, mas na maior parte do mundo ocidental com a série ficcional The Crown, lançada pela empresa de streaming Netflix.
Mesmo extremamente popular entre o público britânico, Elizabeth II sofreu possivelmente o maior golpe de sua vida com a morte do príncipe Philip em 2021. Em 1997, no cinquentenário do seu casamento, Elizabeth havia dito sobre o marido: “Ele foi, muito simplesmente, a minha força por todos esses anos”.
- Fonte: BNC
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