sexta-feira, novembro 22, 2024

Política – “Juventude mais participativa” – Declarou analista sobre diferença que eleitorado jovem pode fazer no pleito 2022

No dia 2 de outubro mais de 156,4 milhões de brasileiros irão às urnas escolher os candidatos que administrarão o Brasil (presidente e vice-presidente), os estados (governadores e vice-governadores) e as Casas Legislativas em todo o país (senadores, deputados federais, estaduais e distritais) nos quatro anos seguintes (2023-2026).

De 156 milhões de eleitores, 2.647.748 milhões estão aptos para votarem no Amazonas e escolherem o governador, senador e os deputados federais, que representarão o Estado no Congresso Nacional, além dos 24 representantes estaduais que atuarão na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Nas Eleições Gerais de 2018 esse número era de 2.429.373 milhões de eleitores, o que representa que o Amazonas registrou um crescimento de 218.375 mil novos votantes, o que corresponde um aumento de 8,03%, de 2018 para 2022.

De acordo com os dados do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) por faixa etária, o eleitorado amazonense está dividido da seguinte maneira:

  • 16 anos – 21.869 mil
  • 17 anos – 37.115 mil
  • 18 a 20 anos – 170.313 mil
  • 21 a 24 anos – 274.320 mil
  • 25 a 34 anos – 625.099 mil
  • 35 a 44 anos – 575.833 mil
  • 45 a 59 anos – 575.233 mil
  • 60 a 69 anos – 218.475 mil
  • 70 a 79 anos – 100.552 mil
  • Acima de 80 anos são 48.906 mil eleitores

Já o eleitorado feminino equivale a 1.360.842 milhão e o masculino tem 1.286.868 milhão.

Como personagem principal assim como os candidatos, o eleitor tem em suas mãos a possibilidade de fazer diversas mudanças diante de um cenário eleitoral, seja ele o mais jovem neste pleito ou mesmo aqueles que não são mais obrigados a votar, devido à idade, mas que votam por uma questão de pertencimento e cidadania.

Analistas conversaram com a assistente social, mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia e articulista do portal, Michelle Vale, para verificar como está o comportamento do eleitorado neste ano, tanto na questão do crescimento dos números, o que eles podem refletir no pleito, quanto aos jovens, que vão votar pela primeira vez, se estão preparados em torno das polarizações políticas dos cargos eletivos majoritários que vem acontecendo em todo o Brasil.

Eleitorado jovem 

Michelle Vale analisou alguns pontos importantes que devem ser levados em consideração pelos candidatos aos cargos eletivos, principalmente quando se fala nos eleitores jovens, que nem sempre votam motivados por alguma representatividade e que são muito influenciados pelas redes sociais. Se considerarmos os dados consolidados do TSE, entre as faixas etárias de 16 a 34 anos, falamos aí em 1.128.716 milhão de eleitores que podem ser encaixados como jovens no Amazonas.

“A gente viu aí na última eleição do Amom [Mandel], o que se viu é que o eleitorado do Amom, exatamente foi o eleitorado jovem, a campanha dele foi muito focada para a questão das redes sociais e a gente percebe que quem investe nelas está saindo na frente. Então, a rede social ela é hoje um mecanismo de comunicação muito mais rápido e os jovens buscam os meios de comunicação tanto para obter informações, conversar e fazer amizade, quanto para tudo. Mas assim, só o público jovem ficaria assim, que a gente tem um público jovem bastante expressivo, e alguns não vão muito pela representatividade, é um pouco mais complicado, porque o público jovem não vê muito por esse lado não, não são todos obviamente, a gente tem visto jovens mais participativos por conta das redes sociais”, pontuou a assistente social.

Por outro lado, Michelle Vale também observou que este mesmo jovem que está altamente conectado às redes sociais não é aquele que assiste a propagandas eleitorais na TV ou as ouve no rádio, mas que pode fazer a diferença neste pleito quando eles se veem nos candidatos, por meio das redes sociais, principalmente quando a linguagem deste candidato é a mesma que ele utiliza no dia a dia, pontuando que a tendência de hoje é jovem votar em jovem.

“Eu penso que o eleitorado jovem pode fazer a diferença nestas eleições, porque eles já votam em quem eles se identificam, conseguem eleger alguém exatamente como eles se enxergam, eles veem conectividade com aquele outro que está do outro lado. A gente sabe a linguagem, como é abordado, e aí esses jovens acabam se identificando de alguma forma com esse candidato e eu tenho visto que os jovens, atualmente, estão bem mais participativos, levando em consideração uma década atrás. Os jovens estão preparados, muitos conseguem assimilar e a estratégia dos candidatos deve ser nas redes sociais, porque os jovens não têm hábito de assistir horário político”, ressaltou.

Eleitorado feminino 

A especialista também pontuou sobre os dados do eleitorado feminino, uma vez que ele é o maior e corresponde a 51% do eleitorado do Amazonas, a realidade nas Casas Plenárias ainda é muito aquém deste eleitorado feminino, que não vem garantindo eleições de candidaturas femininas.

“Verificando a partir de uma questão de gênero, o eleitorado feminino é expressivamente maior que o eleitorado masculino, mas aí eu volto a discutir o fato de que isso por si só não elege mulher, o fato de sermos em maior número do eleitorado não garante eleições de mulheres. Isso é uma discussão antiga, porque a gente pensava que por sermos em quantidade maior que o eleitorado masculino, de alguma forma o número de mulheres no Parlamento aumentaria de forma expressiva. No entanto, nos Parlamentos ainda somos minoria, aliás, estamos muito abaixo, nem em caráter de igualdade ou metade nós não temos esse acesso”, finaliza Michelle Vale.

Eleitores facultativos 

Vale ressaltar que mesmo os jovens de 16 e 17 anos que tiraram seus títulos de eleitores neste ano e que estão aptos a votar, não são obrigados a comparecerem às urnas no próximo dia 2 de outubro, bem como as pessoas com 70 anos ou mais. Para estes públicos, o voto é facultativo e não obrigatório como para os demais.


  • Fonte: O Convergente
  • Foto: Divulgação

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