domingo, julho 7, 2024

Diversidade – Pesquisa divulga que no Brasil mais de 15 milhões de pessoas são da comunidade LGBTQIA+

De acordo a “Pesquisa do orgulho” divulgada na quarta-feira, 21/9, mais de 15 milhões de pessoas afirma integrar a comunidade LGBTQIA+ no Brasil. O estudo foi encomendado pela marca de sandálias havaianas e a organização All Out (movimento global voltado para o apoio jurídico à comunidade) que tem como um dos principais objetivos mapear e tirar da invisibilidade esse grupo populacional.

O levantamento apresentado durante uma mesa-redonda promovida pela empresa brasileira de sandálias, os números obtidos equivalem a 9,3% da população (a partir dos 16 anos). O quantitativo de pessoas na faixa dos 16 a 24 anos que se identifica como integrante da comunidade é de 18%. Entre os que estão com 60 anos ou mais a porcentagem cai para 5,3% dos entrevistados.

A consultora de inovação e diversidade, Cristina Naumovs, e a gerente sênior de campanhas para a América Latina com a All Out, Ana Andrade, foram alguns dos profissionais que participaram do evento. Em entrevista concedida por um jornal, a gerente sênior da All Out, Ana Andrade, ressaltou a relevância da pesquisa quanto ao mapeamento e percepção da sociedade.

Muitas pessoas LGBTQIA+ não vivem 60 anos. Travestis e transexuais femininas, por exemplo, têm uma expectativa de vida de 35 anos. Sobre a população heterossexual e cisgênero, as respostas evidenciam um instinto violento. Dizer que respeita, mas não aceita o afeto, é ser extremamente violento quanto à existência do outro como igual”, disse Ana.

Dados e perfil populacional

Dentre as pessoas consultadas, (2,7% se identificaram como bissexuais), (1,6% como gays), (1,5% como heterossexuais / inclui pessoas que se identificam como trans e travestis) e (1,2% como lésbicas) assexuais e pansexuais somaram (0,9%). O levantamento também informa que pouco mais de 80% afirmam não fazer parte do grupo e 8% não quiseram se identificar.

Conforme o estudo, a proporção da população LGBTQIA+ varia de acordo com cada região do País. Com (10,1%), o primeiro lugar fica para a Região Centro-Oeste, em segundo aparece o Sudeste com (9,9%), o terceiro lugar é ocupado pela Região Norte, com (9,8%). Sul e Nordeste aparecem por último, com (8,7%) e (8,5%), respectivamente.

Sobre a pesquisa

Para a obtenção dos dados, foram realizadas 3.194 entrevistas em 120 municípios de todo o País. Para a pesquisadora e docente do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu, da Universidade Estadual de Campinas, os dados divulgados não invalidam os divulgados por órgãos oficiais, como pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É uma pesquisa que nos incentiva a aprimorar a coleta de dados oficiais sobre pessoas da comunidade LGBTQIA+, mas ela não pode ser tratada como algo maior do que realmente é. O que precisamos é de uma pesquisa ampla, comandada por um órgão de governo, sobre a comunidade”, declara Facchini ao jornal.


  • Fonte: Cenarium
  • Foto: Divulgação

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