sexta-feira, novembro 22, 2024

Brasil – Dnit sabia sobre problemas em pontes da BR-319 desde o ano passado

Conforme um documento publicado no Diário Oficial da União (DOU), em 28 de dezembro de 2021, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) sabia sobre os riscos em pontes da BR-319 no Amazonas. No documento, o superintendente regional do órgão, Afonso Luiz Costa Lins Júnior, disse que a BR-319 apresentava “riscos iminentes” às pessoas que trafegam pela ponte devido à “situação calamitosa” do trecho.

“Situação de Emergência na rodovia BR-319/AM no trecho do Km 13,00 (Fim Travessia Rio Amazonas (Careiro) ao Km 178,50 (Fim da Pavimentação), haja vista as condições em que se encontra a BR-319/AM, bem como os riscos iminentes aos quais se expõem os usuários, que nela trafegam, devido à situação calamitosa de trafegabilidade no trecho mencionado, proferida pela Coordenadora de Engenharia Terrestre desta Superintendência Regional do DNIT no Estado do Amazonas […]”, diz um trecho do documento.

Pontes danificadas

Em um intervalo de 10 dias duas pontes localizadas na rodovia, que é a única ligação por terra entre Manaus e outras regiões do país, foram danificadas.

Antes da ponte sobre o Rio Autaz Mirim despencar, no último sábado, 8/10, a ponte sobre o Rio Curuçá já havia desabado no fim de setembro. Nesse último trecho, o governo estadual informou que faz o transporte de pedestres via lanchas. Já em relação ao transporte de carros e cargas, a administração estadual afirmou que o Dnit prometeu enviar balsas para auxiliar no escoamento, o que ainda não havia sido feito no início dessa semana.

No local onde a primeira ponte da rodovia desabou, o Dnit descartou o plano inicial de instalar uma ponte metálica provisória sobre o Rio Curuçá.

Na quinta-feira, 6/10, dois dias antes da segunda ponte desabar, o Dnit havia confirmado, por meio de nota, que estava “trabalhando na conclusão dos acessos nas margens do rio Curuçá para receber a estrutura da ponte. Logo após, será iniciada a montagem da estrutura metálica em parceria com o Exército Brasileiro.”

Passadas duas semanas, o trecho do Rio Curuçá segue bloqueado para o tráfego de veículos e pessoas. O problema na rodovia federal ser agravou com a queda da segunda ponte.

Agora, segundo o governo do Amazonas, o trecho deve receber balsas para a travessia dos veículos.

Cobrança

As ações em torno do problema foram citadas pelo deputado estadual Serafim Corrêa (PSB), durante sessão plenária da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), dessa terça-feira, 11/10.

O parlamentar disse que é necessária uma investigação a respeito da falta de manutenção das pontes nos rios do Amazonas, no entorno da BR-319. Ele também chamou atenção para o aumento de custos de logística no Amazonas, devido a desativação temporária das pontes.

“A ação da Assembleia é uma ação política. O abastecimento de Manaus está comprometido e isso não pode ficar barato. As autoridades precisam agir e apurar responsabilidades. Agora, a carga que vem de Rondônia, tem que ir para Autazes para de lá passar para uma balsa e vir para Manaus. Os custos vão ser elevados radicalmente, em Manaus. Isso é muito sério”, alertou.

O deputado ainda lembrou a fala do vice-presidente Hamilton Mourão sobre a BR-319. “Ele disse que se o ministro Tarcísio de Freitas não concluísse a estrada nos quatro anos do atual governo, ele comeria a boina do capitão Tarcísio. Então, podemos antever que haverá um almoço ou jantar, onde o prato principal vai ser a boina de Tarcísio de Freitas” criticou.


  • Fonte: O Convergente
  • Foto: Divulgação

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