Circula nos bastidores da política em Manaus, que um grupo de vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) vem se articulando para tentar impedir as possíveis investidas do presidente da Casa Legislativa, o vereador David Reis (Avante), de permanecer no cargo no próximo ano, sem que haja uma votação com os demais pares, apenas com uma mudança de regra no Regimento Interno.
Um dos vereadores que participará deste grupo contrário a Reis, o vereador Elissandro Bessa (Solidariedade), confirmou ao Portal O Convergente, na manhã desta sexta-feira, 14/10, que ele e outros parlamentares estão fazendo um documento, com as assinaturas de mais de vinte vereadores que se opõem a esta tentativa de “golpe”. Segundo o parlamentar, o documento deve ser apresentado na próxima segunda-feira, 17/10, às 10h, na CMM.
“Estamos nos reunindo para fazer uma coletiva na segunda-feira. Mas de 20 vereadores não irão assinar e já se manifestaram contra o golpe. Eu sou contra esse golpe”, disse Bessa.
Rodrigo Guedes é outro parlamentar que também já se posicionou contra esta ação e da tribuna da CMM afirmou que “estão tramando um golpe”.
Os vereadores Capitão Carpê Andrade (Republicanos), Everton Assis (União Brasil) e Caio André (PSC) também se pronunciaram na última segunda-feira, 10/10, sobre o assunto. Carpê disse que se a documentação chegar ao seu gabinete irá rasgá-la. Everton Assis disse que nem que sua mãe o pedisse para assinar o documento ele assinaria, e por fim Caio André garantiu que nenhum documento pedindo a mudança do Regimento Interno estava em tramitação na CMM.
Combate ao ‘golpe’ – O tema foi levantado durante esta semana nas discussões da CMM e houve vereador que anunciou que não há documento circulando na Casa a respeito dessa modificação. Por outro lado, alguns parlamentares denunciaram inclusive que já haviam outros vereadores que assinaram a tentativa de mudança de regra do Regimento interno, que determina que no dia 1º de janeiro deverá ser feita a eleição para a escolha do presidente do Parlamento.
Desgaste – Com uma gestão conflituosa ao longo desse mais de um ano e nove meses, com projetos barrados pela Justiça do Amazonas, como a construção do anexo II da CMM, que ficou conhecido como “puxadinho”, no valor de quase R$ 32 milhões e do aluguel de 41 de picapes para cada vereador, possível superfaturamento em compra de kits fotográficos, o nome de David Reis vem se desgastando e o grupo contra a sua permanência na presidência teme um desgaste muito maior em desfavor da instituição Câmara Municipal de Manaus diante da sociedade e entre outros Poderes.
- Fonte: O Convergente
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