quinta-feira, novembro 21, 2024

Mundo – Copa do Mundo no Catar evidência choque cultural e misto de polêmicas e euforia entre atletas, turistas e jornalistas

Um país que está no topo da lista dos países de maiores índices de desenvolvimento econômico e tecnológico, mas que se mantém fiel aos hábitos e costumes islâmicos. São essas algumas das características do Catar, país com mais de 2,8 milhões de habitantes, que a partir do próximo dia 20 de novembro vai sediar a Copa do Mundo de 2022.

Além de ser realizada em um mês atípico, pela primeira vez na história de uma Copa do Mundo, os jogos no Catar já deixa visível um choque cultural entre o Ocidente e o Oriente. Isso porque uma série de polêmicas e embates quanto à cultura do país ficou mais evidente nos dias antecedentes aos jogos mundiais.

O país, por exemplo, pede que manifestações públicas de afeto, mesmo que seja com pessoa de sexo diferente, sejam evitadas. O que é proibido entre pessoas do mesmo sexo, com risco de uma pena de sete anos de prisão.

A severidade da lei islâmica e as inúmeras normas culturais e religiosas preocupam a opinião pública, e a FIFA tem mediado à questão com as autoridades do país.

Além dos gestos afetuosos, a vestimenta é algo que também pode refletir em “punições”, tanto para quem vive no país como para quem vai curtir os jogos do mundial.

As regras de vestimentas valem tanto para homens quanto para mulheres. Os turistas, por exemplo, são orientados a se vestir com trajes discretos. As mulheres devem vestir roupas que cubram os joelhos, ombros, colo e barriga. Roupas que marquem o corpo ou transparentes são reprovadas e passíveis de punição.

Críticas – A par das questões da homossexualidade, o país tem sido alvo de várias críticas pelo fato de os direitos humanos nem sempre estarem assegurados, nomeadamente os direitos das mulheres e dos imigrantes, conforme debatem alguns especialistas. O que gerou revolta entre jogadores de algumas seleções.

A seleção da Dinamarca, por exemplo, tem sido uma das mais ativas na defesa dos trabalhadores migrantes e dos direitos LGBTQI+, e pretendia treinar com camisolas com a mensagem “direitos humanos para todos”. O pedido, porém, foi rejeitado pela FIFA.

Já a seleção australiana ao se pronunciar enviou, em formato de vídeo, uma mensagem de protesto. Nele, 16 jogadores da equipe criticaram o regime do Catar pelo seu tratamento aos trabalhadores migrantes, bem como apelaram à despenalização das relações entre pessoas do mesmo sexo.

Cobertura jornalística – O repórter Rasmus Tantholdt, da TV2 da Dinamarca, foi ameaçado por agentes de segurança do país, enquanto ele fazia uma entrada ao vivo para a televisão diretamente do Catar.

Os agentes ameaçaram quebrar os equipamentos da equipe de filmagem, mesmo após o repórter mostrar a licença para filmar e as credenciais para a Copa do Mundo.

Horas após o ocorrido, o Comitê Supremo do Catar pediu desculpas e afirmou que a equipe de transmissão dinamarquesa foi “interrompida por engano” durante uma entrada ao vivo.

Copa do Mundo – A decisão de conceder ao Catar os direitos de hospedagem para a Copa do Mundo de 2022 foi marcada por controvérsias, incluindo alegações de corrupção e violações dos direitos humanos, desde que foi anunciada pela primeira vez há 12 anos, garantindo que a forma como o país anfitrião trata os visitantes será fortemente examinada.

O Comitê Supremo de Entrega e Legado (SC) foi criado pelo governo do Catar para planejar e preparar a Copa do Mundo.

O torneio, com 32 duas seleções, começa no domingo, 20/11, quando o Catar enfrentará o Equador na abertura do torneio. Os jogos vão até 18 de dezembro.


Fonte: Da Redação

Fotos: Divulgação/ Capa: Neto Ribeiro

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