O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez o seu primeiro discurso público na Conferência sobre as Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP27), que está sendo realizada em Sharm El Sheik, no Egito, nesta quarta-feira, 16/11.
Na ocasião ele afirmou que pedirá à Organização das Nações Unidas (ONU) para a Amazônia sediar a Conferência do Clima (COP) em 2025. O Brasil iria sediar a COP25, em 2019, mas a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL) a conferência mudou de país e foi transferida para a Espanha.
Lula deu a declaração no Egito ao discursar no evento “Carta da Amazônia – uma agenda comum para a transição climática”, relacionado à COP27. Governadores brasileiros também participaram do evento.
“Vamos falar com o secretário-geral da ONU para que a COP seja feita no Brasil e na Amazônia. Acredito que há dois Estados que têm estrutura para receber qualquer conferência: Amazonas e Pará”, disse Lula.
Brasil de volta – Ao longo da fala, Lula também disse que “o Brasil está de volta”.
“O Brasil está saindo daquele casulo ao qual foi submetido nos últimos quatro anos. O Brasil não nasceu para ser isolado. Somos um país muito grande com uma cultura extraordinária”, afirmou.
Lula também prometeu conversar mais com governadores e prefeitos durante o seu mandato.
“Vamos fazer com que prefeituras tenham mais recurso para que eles possam fazer alguma coisa [contra o desmatamento ilegal]”, disse.
“Vamos ter uma luta muito forte contra o desmatamento, cuidaremos dos povos indígenas e criaremos o Ministério dos Povos Originários”, prometeu.
“A democracia voltará a reinar e o diálogo será permanente.”
Por fim, Lula disse que fará um pronunciamento oficial em que vai “divulgar mais coisas”.
A segunda fala de Lula está agendada para esta quarta-feira (16/11), às 17 horas no horário local, 12 horas em Brasília.
O presidente eleito desembarcou no Egito, na última segunda-feira,14/11, para participar da COP27 aconvite do presidente egípcio Abdel Fatah al-Sissi. Esta é a primeira viagem de Lula ao exterior desde que venceu Bolsonaro nas urnas.
Fonte: G1 e BBC Brasil
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