sábado, outubro 5, 2024

Brasil – Segundo IBGE, IPCA ficou 0,62% em dezembro e inflação fecha 2022 com alta de 5,79%

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta terça-feira, 10/1, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — que mede a inflação oficial do país –, destacando que apresentou alta de 5,79% em 2022. O resultado anual ficou acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional de 5% para 2022.

Este foi o quarto ano seguido em que o país fechou o ano com alta de preços superior à meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Para 2022, a meta era de 3,5% com teto de 5%. Embora tenha estourado o teto da meta, ficou bem abaixo do registrado em 2021, quando ficou em 10,06%.

Entre janeiro e julho, a inflação ficou acima de 10%, sendo que em abril foi registrado o pico, com o indicador acumulado em abril, de 12,13%. Foi na passagem de junho para julho que alta de preços começou a desacelerar e, a partir de agosto, saiu da casa de dois dígitos.

No índice de dezembro, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta, sendo mais intensas as dos grupos de saúde e cuidados pessoais e vestuário. Já a alta de preços dos grupos de transportes e habitação desaceleraram em relação a novembro.

Sobre o indicador acumulado no ano, porém, sete dos nove grupo de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no ano, seis deles acima do índice geral. Transportes e comunicação foram os únicos com deflação no ano.

O grupo que teve a maior alta de preços no ano foi o de vestuário, que teve altas superiores a 1% em 10 dos 12 meses. Já o grupo Habitação fechou o ano próximo da estabilidade.

O maior impacto sobre a inflação do ano de 2022, porém, partiu do grupo de alimentação e bebidas, respondendo por 2,41 pontos percentuais (p.p.) do indicador.

A segunda maior pressão sobre o índice veio do grupo de saúde e cuidados pessoais, com 1,42 p.p. de impacto.

Resultado de cada um dos nove grupos que compõem o IPCA:

  • Vestuário: 18,02%
  • Alimentação e bebidas: 11,64%
  • Saúde e cuidados pessoais: 11,43%
  • Artigos de residência: 7,89%
  • Despesas pessoais: 7,77%
  • Educação: 7,48%
  • Habitação: 0,07%
  • Transportes: -1,29%
  • Comunicação: -1,02%

Foi o grupo de transportes que freou a inflação no país em 2022. Por três meses seguidos, de julho a setembro, houve deflação pressionada pela redução no preço dos combustíveis, sobretudo da gasolina – desde 1998 o país não registrava três deflações seguidas.

De acordo com o analista de preços do IBGE, Pedro Kislanov, se gasolina e energia elétrica fossem retiradas do cálculo do IPCA e seus pesos redistribuídos entre os demais itens que compõem o indicador, o país teria fechado o ano com inflação de 9,56%.

Alimentação, ‘vilã’ da inflação – A alta de preços dos alimentos foi a que mais pesou no bolso dos brasileiros em 2022. Segundo o IBGE, a alimentação no domicílio teve alta de 13,23%, superior à da alimentação fora do domicílio, que foi de 7,47%.

Na alimentação no domicílio, a maior alta de preços foi da cebola, que subiu 130,14% no ano – de acordo com o IBGE, foi a maior alta entre os 377 produtos e serviços pesquisados para composição do IPCA.

A segunda maior pressão sobre a alimentação no domicílio partiu do leite longa vida, com alta de 26,18%. Outros alimentos com aumento relevante de preços foram a batata-inglesa (51,92%), as frutas (24,00%) e o pão francês (18,03%).

“No caso da cebola, a alta está relacionada à redução da área plantada, ao aumento do custo de produção e a questões climáticas. Já os preços do leite subiram de forma mais intensa entre março e julho de 2022. A partir de agosto, com a proximidade do fim do período de entressafra, os preços iniciaram uma sequência de quedas”, destacou o analista de preços do IBGE, André Almeida.

Na alimentação fora do domicílio, o lanche acumulou alta de 10,67%, quase o dobro da refeição, que aumentou 5,86% no ano.


  • Fonte: O Convergente
  • Foto: Divulgação

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