domingo, julho 7, 2024

Brasil – Jogador brasileiro Vinícius Jr alvo mais uma vez de atos racistas na Europa

O clube que o atleta atua, Atlético de Madrid, se manifestou dizendo que os acontecimentos são “repugnantes e inadmissíveis”.

Ontem (25/01), algumas horas antes do embate contra o Real Madrid, pelas quartas de final da Copa do Rei, foi pendurado um boneco enforcado usando a camisa do jogador em uma ponte da capital Espanhola. As duas equipes emitiram notas repudiando os atos em suas redes sociais.

O presidente da LaLiga afirmou que os criminosos serão localizados e apoio ao atacante foi oferecido pela Federação Espanhola. Até então, os principais suspeitos são a torcida organizada “Frente Atlético” já que havia uma faixa próxima ao boneco que dizia “Madri odeia Real”, o lema conhecido da organização.

Lembrando que esses ataques racistas vêm sido recorrentes na carreira do atleta, até durante sua participação na Copa do Mundo sua dancinha na comemoração no gol. O discurso de ódio presente no Brasil, se agrava na Europa, onde são inúmeros de casos contra brasileiros e latinos em geral.

Racismo Estrutural Brasil

Uma pesquisa no início do ano, apontou que cerca de 84% dos crimes registrados na grande São Paulo, não são registrados como racismo e sim como injúria. Tendo um quarto dos réus sendo absolvidos, algo que não acontecia antes quando os casos eram tipificados como racismo, quando a maioria dos réus eram absolvidos.

No período de 8 anos, há uma grande disparidade entre os números registrados, 1.001 crimes de injúria racial e apenas 191 de racismo, de acordo com delegados. Os insultos mais registrados são comparando pessoas negras com animais, termos utilizados frequentemente ‘preto’, ‘macaco’, ‘nego’, ‘sujo’, ‘fedido’ e ‘safado’.

Os registros dos casos são baixos, devido à dificuldade que há em provar que ocorreu um ataque racista, mesmo tendo muitas acusações, as vezes não há testemunha ou imagens de câmeras, tudo isso impede que sejam instaurados inquéritos, deixando impunes repetirem as ofensas com novas vítimas, sem temer punições.

Para tentar combater isso, o Presidente Lula sancionou a Lei 14.532, de 2023 , que equipara a injúria ao crime de racismo, se tornando imprescritível e inafiançável, com uma pena mais severa, que pode ser de 2 a 5 anos de prisão.


  • Por July Barbosa, com informações do G1.
  • Foto: Divulgação.
  • Ilustração: Neto Ribeiro.

 

 

 

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