sexta-feira, novembro 22, 2024

Brasil – Boate Kiss: Uma das maiores tragédias brasileiras, segue impune após 10 anos

Após anulação do júri, familiares questionam tantos anos de impunidade aos envolvidos.

Um incêndio dentro da Boate Kiss, na madrugada, do dia 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria – RS, transformaria a história daquela cidade, que em poucas horas foi vítima de uma das maiores tragédias brasileiras, totalizando a perda de 242 jovens.

O fogo que teve início pela utilização indevida de artefato de fogo quente, em local fechado, que tinha sua espuma acústica feita por material inflamável, fez com que rapidamente a boate fosse tomada por uma fumaça escura e tóxica, além de não ter nenhuma porta de emergência, com a lotação acima do limite, era quase impossível conseguir sair. Tantas eram as falhas de segurança, que a Kiss nem deveria estar funcionando, algo que só foi descoberto dias depois. Confira momento do inicio do incêndio

Muitas são as histórias e relatos de sobreviventes e moradores da cidade, seja de quem perdeu um parente ou conhecido, ou apenas por aqueles que acompanharam e se compadeceram por aqueles pais que só queriam levar seus filhos para casa. A luta por justiça teve início no dia após o incêndio e se mantém até hoje.

Todos os anos, membros da associação de familiares e vítimas e do coletivo Kiss: Que Não se Repita, fazem ações e manifestações no dia que a tragédia faz ano, principalmente neste que completa uma década, sem ninguém tenha sido responsabilizado, onde 28 pessoas foram acusadas, dentre eles políticos da cidade, mas apenas o dono da boate e integrantes da banda Gurizada Fandangueira, foram a júri.

O julgamento que ocorreu em 2022, havia condenado os quatro réus, porém a 1° Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), recebeu os recursos das defesas e anulou o júri. Sendo soltos no mesmo dia, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, sócios da boate, Marcelo de Jesus, vocalista da banda, e Luciano Bonilha, auxiliar da banda.

A história sendo mostrada

Na semana em que completaria os 10 anos, a Netflix lançou uma série, baseado no livro da jornalista e escritora Daniela Arbex, dividida em 5 episódios de 45 minutos, a série narra história de pais de vítimas e sobreviventes, em “Todo dia a mesma noite”, vai do dia da tragédia até o início dos julgamentos, servindo para relembrar o caso e dar esperanças as famílias que ainda esperam por justiça.

Muitos pais acreditam que a série, pode ser uma ferramenta para auxiliar a fazer com que o poder público marque um novo julgamento, contando os detalhes daquela noite e toda força dos pais que apenas estão pedindo que as mortes de seus filhos não tenham sido em vão, 242 motivos para que a justiça seja feita.


  • Por July Barbosa, com informações do G1.
  • Foto: Divulgação.
  • Ilustração: Marcus Reis.

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