A estudante de jornalismo, Janaína da Silva Bezerra, 22, foi estuprada e teve seu pescoço quebrado, durante uma calourada na Universidade Federal do Piauí (UFPI), ainda chegou a ser levada ao Hospital da Primavera, na Zona Norte de Teresina, mas já chegou sem vida. O suspeito pelo crime, Thiago Mayson da Silva Barbosa, foi preso pela polícia.
O coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o delegado Francisco Costa, o ‘Barêtta’, informou que o assassinato aconteceu em uma sala de Programa de Pós Graduação em Matemática, no Centro de Ciências da Natureza, na UFPI. Foram aprendidos matérias no local como, um colchão e uma mesa com vestígios de sangue, o laudo preliminar do IML, Instituto Médico Legal, de Teresina, confirmou a violência sexual.
O estudante de mestrado em matemática, na UFPI, Thiago Mayson da Silva Barbosa, é o principal suspeito, foi preso no sábado (28), relatou que houve uma relação sexual consentida com a jovem, porém ela teria passado mal. O delegado responsável pelo caso, Barêtta, contou, “o que sabemos é que um vigilante da instituição avistou o rapaz saindo da sala, com a moça nos braços. O vigilante viu as roupas do rapaz sujas de sangue, disse ‘ei, o que tá acontecendo aí?’ e o rapaz disse ‘minha amiga passou mal, tô levando pro hospital’. O vigilante então o deteve, chamou reforço e, de carro, foi com os dois até o hospital”
A vítima, havia entrado na instituição no segundo semestre de 2020, já estava nos preparativos para a festa de formatura. Sendo a primeira de sua família a adentrar em uma Universidade, a cunhada Andreza Almeida contou, “era muito estudiosa… assim que entrou na universidade, precisava muito de um computador e, sem ter condições, começou a fazer bolos no pote para vender e conseguir comprar”.
O crime se enquadra, segundo o código penal – Decreto – Lei n° 2,84, de 7 de setembro de 1940, no Art.213 – Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: Se da conduta resulta morte: pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
Sobre a calourada
A Universidade já se manifestou, informando que não estava autorizada a realização do evento, que ocorreu na última sexta-feira(27), em uma nota publicada, disse estar ajudando nas investigações e que estão em busca de imagens nas câmeras de segurança para colaborar com o trabalho. Informando que a instituição desaprova atos que coloquem em risco alunos, professores e funcionários.
Segundo o Diretório Central dos Estudantes (DCE), nunca houve uma necessidade de autorização prévia, para eventos culturais na UFPI, por se tratar de ações estudantis acontecendo em um espaço destinado para tal. Falando ainda que, a inseguranças dos estudantes, é uma luta antiga do Diretório, já que existe uma grande reclamação por conta de assaltos e outros delitos dentro do campus.
- Por July Barbosa, com informações do G1.
- Foto: Divulgação.
- Ilustração: Marcus Reis.