domingo, julho 7, 2024

Saúde – Pesquisa aponta colaboração de formigas no diagnóstico de câncer

No futuro o olfato poderoso das formigas podem servir para diagnosticar câncer

O câncer continua sendo a principal causa de morte no mundo, com mais de 19 milhões de casos em 2020, o diagnóstico precoce pode salvar vidas, no entanto, os métodos utilizados ainda são muito caros e invasivos. Pesquisas indicam que no futuro, as formigas podem vir a ser um novo tipo de biodetector mais sensível, substituindo equipamentos modernos, distinguindo diferenças moleculares,  utilizando pequenas amostras biológicas.

“As formigas mostram o potencial de se tornar uma ferramenta rápida, eficiente, barata e não invasiva para a detecção de tumores” diz Baptiste Piqueret, etólogo da Universidade Sorbonne, onde os estudos estão sendo feitos.

Diagnóstico através da urina

Pesquisadores descobriram que o diagnóstico pode ser feito através de amostras de urina, descobrindo células cancerígenas e saudáveis apenas pelo cheiro, a ‘“Formica fusca”, foi escolhida por serem conhecidas pelo rápido aprendizado e boa memória, utilizando ratos de laboratório, conseguiram distinguir o cheiro da urina de um camundongo saudável a de um portador de tumores cancerígenos humanos usando uma recompensa feita de água com açúcar.

Os resultados, através de análise química mostraram que as moléculas na urina dos camundongos com câncer são realmente diferentes, pois quanto maior o tumor, mais diferente são os odores, porém, também apontou que elas ficaram mais tempo em busca da recompensa, automaticamente, chegaram aos resultados.

Entretanto, as formigas não mostraram diferença na capacidade de detectar a presença de pequenos ou grandes tumores, farejam ambos da mesma forma. O estudo publicado pela https://royalsocietypublishing.org/doi/10.1098/rspb.2022.1962, ainda tem um longo caminho a ser percorrido, embora haja resultados promissores, não há prazo para que venha a ser utilizado em ambientes clínicos.

Eles dizem “nosso método precisa de mais validações usando diferentes tipos de tumores/câncer e, mais importante, amostras de origem humana, antes de ser considerado adequado como teste de rotina para o rastreamento do câncer”.


  • Por July Barbosa com informações de Olhar Digital.
  • Foto: Divulgação.
  • Ilustração: Marcus Reis.

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