No dia que completa 1 ano da invasão no território ucraniano, veja um apanhado da tensão que ainda existe
A invasão da Rússia na Ucrânia teve início há exatamente 1 ano atrás, 24 de fevereiro de 2022, quando em discurso feito pela televisão o presidente da Rússia Vladimir Putin anunciou o início de ‘operações militares especiais’ na região de Danbass, leste da Ucrânia. Mesmo momento em que em Kiev, capital ucraniana tocava sirenes informando um ataque aéreo.
O que ainda está acontecendo?
Desde a Segunda Guerra Mundial, um deslocamento populacional forçado não era visto, além do alto número de mortes, onde ambos países relutam em divulgar dados militares oficiais, segundo o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), até 13 de fevereiro deste ano o registro era de 7.199 mortes de civis.
A Organização das Nações Unidas (ONU) registrou desde o início da invasão Rússia um movimento de mais de 7,7 milhões de refugiados indo da Ucrânia para países da Europa, incluindo até a própria Rússia, além de 7 milhões que permaneceram se deslocando dentro do próprio país.
12 meses após o início, a guerra continua provocando mortes, Filippo Grandi, alto comissário da ONU para Refugiados fez um pedido aos líderes da União Europeia este mês, “reafirmem a solidariedade e o apoio a todos os refugiados”.
Guerra armada
O arsenal bélico utilizado pela Rússia chamou atenção do mundo, não somente por serem o segundo maior exportador de armas do mundo, mas por ser bem maior que o da Ucrânia que precisou receber auxílio de mais de 30 países para utilizar em suas tropas militares.
Armas projetadas para derrubar tanques de guerra com um tiro foram enviadas para Kiev. Hoje é possível constatar que foram fundamentais para impedir o rápido avanço russo nos primeiros dias.
Com os avanços da tecnologia, nesta guerra a utilização de drones foi de extrema importância para ambos, não apenas para vigilância, também serviu para o direcionamento das tropas em locais desconhecidos. Recentemente a Rússia passou a utilizar drones ‘kamikaze’ no ataque de usinas e cidades ucranianas, que eram equipados de mísseis de cruzeiro.
Retirada imediata
Na última quinta-feira (23), a ONU realizou uma assembleia-geral a resolução que passará a exigir “retirada imediata” todas as tropas russas da Ucrânia. O Brasil participou da votação e está incluso nos 141 votos a favor. Os países que votaram contra foram Rússia, Coréia do Norte, Nicarágua, Belarus, Eritreia, Síria e Mali, contando com 32 abstenções.
O embaixador do Brasil, Ronaldo Costa Filho deu explicações sobre o voto do país, “todas as medidas possíveis devem ser adotadas para minimizar o sofrimento da população civil. É hora de iniciar conversas pela paz em vez de estimular o conflito. O Brasil considera o apelo pela cessação de hostilidades como um chamado aos dois lados para interromper a violência, sem pré-requisitos”.
A Assembleia Geral reforçou o compromisso em manter a integridade territorial da Ucrânia, exigindo que a Rússia imediatamente retire todas as suas tropas, não somente dos territórios internacionalmente conhecidos do país, mas também das fronteiras.
- Por July Barbosa com informações BBC.
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