Fiocruz – Informações alertam a respeito do crescimento da doença no país, um dos focos de observações era o Amazonas
Divulgado na sexta-feira (3/3), o novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra um aumento de casos da Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) por causa da Covid-19. No Estado do Amazonas esse alerta já vinha sendo observado, agora segundo o boletim não apenas no referido estado, mas em todo Brasil.
Os resultados vieram referentes a Semana Epidemiológica (SE) 8, período de 19 a 25 de fevereiro, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 27 de fevereiro. Segundo o coordenador Marcelo Gomes, a adesão à campanha de vacinação que se iniciou nesta semana é essencial, visando a diminuição dos casos bem como o bem-estar coletivo.
A avaliação levantada nas últimas quatro semanas epidemiológicas, mostrou a prevalência entre os casos, como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 2,4% para influenza A; 2,7% para influenza B; 26,6% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 52,1% para Sars-CoV-2. Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 3,2% para influenza A; 1,6% para influenza B; 2,4% para VSR; e 92,1% para Sars-CoV-2.
E quanto ao uso de máscaras?
A utilização de máscaras foi revista através de um estudo pelo método de metanálise (combinação do resultado de diferentes estudos) para compreender o uso em diferentes ambientes, segundo o pesquisador: “É uma questão puramente física: boas máscaras, que se ajustam bem ao nosso rosto e têm uma filtragem adequada do ar, são
É uma questão puramente física: boas máscaras, que se ajustam bem ao nosso rosto e têm uma filtragem adequada do ar, são uma barreira para a passagem do vírus; com boas máscaras, um indivíduo saudável não se expõe à absorção de vírus que estão no ambiente”.
Ainda acrescentou sobre o material das máscaras usadas, onde as que não possuem a capacidade adequada de proteção permitem que o vírus ultrapasse, “Para serem utilizadas por longo tempo, as cirúrgicas não são ideais, diminuindo então o potencial de proteção; é preciso que as autoridades se comuniquem com a população de maneira eficiente para que todos saibam quais máscaras usar e como usar de forma correta. Só exigir por meio de leis não basta. A população precisa ser informada adequadamente para que as normas sanitárias tenham o impacto coletivo esperado”.
Registro de aumentos
Das 27 unidades federativas, 16 apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a SE 7: Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e São Paulo. Em São Paulo e no Amazonas, salienta-se o aumento em aproximadamente quase todas as faixas etárias estudadas.
No AM, o crescimento de Covid-19 está aliado ao aumento concomitante de influenza A (gripe), embora em menor intensidade. Já em São Paulo, notar-se o crescimento de Covid-19 na população adulta, enquanto ao passo que entre crianças e adolescentes ainda não seja possível identificar a causa específica a partir dos dados laboratoriais inseridos no sistema de notificação até o momento.
- July Barbosa com informações Fiocruz.
- Foto: Divulgação.
- Ilustração: Marcus Reis
