A companhia Meta Platforms, de Mark Zuckerberg, está pronta para trazer uma nova rede social aos holofotes. E a intenção deles é clara: concorrer diretamente contra o Twitter, de Elon Musk. A detentora do Facebook, Instagram e WhatsApp está de olho em desenvolver um sistema que seja focado em textos, rivalizando com a rede criada em 2006 e que segue até os dias atuais.
A Meta está supostamente trabalhando no desenvolvimento de um aplicativo para concorrer com o Twitter, segundo informou um porta-voz à Reuters. A nova rede social irá permitir postagens em texto e será descentralizada, ou seja, uma plataforma autônoma que não dependerá apenas de um servidor, não tendo necessidade de centralização no gerenciamento de tráfego e recursos.
O novo aplicativo de conteúdo da Meta suportaria o ActivityPub, protocolo descentralizado de rede social que alimenta o Mastodon e outros aplicativos federados, o Twitter e o Facebook são controlados por únicas empresas, já plataformas descentralizadas como o Mastodon são instaladas em milhares de servidores de computador.
O gerenciamento da rede ocorre por vários administradores voluntários que unem seus sistemas em uma federação. “Estamos explorando uma rede social descentralizada autônoma para compartilhar atualizações de texto. Acreditamos que há uma oportunidade para um espaço separado onde criadores e figuras públicas podem compartilhar atualizações oportunas sobre seus interesses”, disse o porta-voz da Meta à Reuters em um comunicado por e-mail. De acordo com o relatório do Moneycontrol, primeiro veículo a divulgar a novidade, a nova rede social terá a marca do Instagram. Usuários poderão se cadastrar usando as mesmas credenciais para login.
No final de 2022, quando começaram as primeiras movimentações de Musk, muitos acreditaram (e ainda acreditam) que a rede social iria acabar, nem que fosse gradualmente. E foi assim que supostamente surgiu o Koo, plataforma criada na Índia com conceito (e design) parecidíssimo ao Twitter, por isso se apresentou como forte alternativa à rede do passarinho.
O próprio Mastodon também é um concorrente do Twitter, além do Reddit e outros. Claro que, ao menos no Brasil, nenhuma delas tem a popularidade do Twitter, que já tem 16 anos de história, o que não significa que algum dia por azar venha a ser vítima de uma gestão ruim e tudo passe a mudar, cenário esse já vivenciando por diversas empresas ao longo da história econômica mundial.
Desde a compra do Twitter pelo empresário Elon Musk, usuários do mundo todo têm reclamado de seu posicionamento e também da falta de suporte que a rede social atualmente oferece. Além de zombar de ex-funcionários, há também as demissões em grande escala em determinados períodos e a alteração no sistema para a cobrança de elementos que outrora gratuitos, o que supostamente abriu um espaço enorme entre o público e a rede social – este que Zuckerberg pretende preencher.
Vale notar que o Meta se tornou uma das principais plataformas atuais de comunicação, se apropriando de diversos meios para tornar ainda mais cômoda a vida de seus usuários. O Facebook foi criado em 2004, seguido pelo Instagram com foco em imagens, mas ficou a vontade de adquirir ainda mais redes para si. O WhatsApp foi comprado por eles em 2014, mas ao não conseguir adquirir o Snapchat, decidiram incluir no Instagram a ferramenta Stories e também o Reels – que rivaliza diretamente com a ascensão do TikTok.
Por: Kalinka Vallença com informações do Olhar Digital
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