sexta-feira, novembro 22, 2024

Estudo informa exame mais eficiente para diagnosticar câncer de mama

Câncer de mama – Exame de tomossíntese se mostrou mais eficaz que a tradicional mamografia

Estudo que abrangeu mais de um milhão de mulheres informou que a tomossíntese é o exame mais eficaz para diagnosticar o câncer de mama. Funciona como se fosse uma mamografia 3D, com a tecnologia mais avançada em comparação ao método mais utilizado, em vista que, com esse exame de imagem é possível acessar áreas da mama que permitem resultados mais detalhados e precisos.
A espécie de tomografia computadorizada resulta em imagens de 1 mm de espessura com uma visualização tridimensional. Para chegar ao resultado sobre a tomossíntese, os envolvidos no projeto reuniram informações de cinco sistemas de saúde dos EUA que se realizaram a mamografia ou a tomossíntese entre janeiro de 2014 e dezembro de 2020, com pacientes entre 40 e 79 anos. A tomossíntese descobriu o câncer em 5,3 casos a cada mil, enquanto a mamografia registrou 4,5 em mil.
O ginecologista e mastologista, Augusto Rocha diz, “além de aumentarmos o número de casos diagnosticados entre 20% e 25%, reduzimos os complementos de imagem. Com isso, a carga de radiação levemente maior da tomossíntese termina sendo menor do que quando é preciso fazer exames complementares para avaliar melhor as imagens da mamografia digital em 2D. A não aprovação pelos planos de saúde e implementação no serviço público tem a ver com o custo do equipamento, que fica de 30% a 40% acima do tradicional, mas também com a necessidade de treinamento de mão de obra. Os próprios mastologistas devem se aprimorar para interpretar as imagens. ”
Falso positivo
Os resultados de falso positivo foram menores na tomossíntese e a necessidade da realização de exames finais para chegar ao diagnóstico foi descartada, tornando mais positiva a avaliação do exame, “o estudo foi muito amplo, porque a maioria fez pelo menos dois exames nesse período, ou seja, é um total de mais de dois milhões de imagens ”, informa Emily Conant, médica e professora da University of Pennsylvania e coautora da pesquisa.
No Brasil, ainda é difícil encontrar esse método avançado, ainda é restrito a centros de diagnósticos, clínicas e hospitais particulares e especializados. O valor deve estar na faixa entre R$ 600 e R$ 800 e não é coberto pela maior parte dos planos de saúde.

  • July Barbosa com informações do G1.
  • Foto: Divulgação.

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