A despoluição do espaço aéreo vai ter impacto direto na paisagem que foi projetada para dar ampla visibilidade ao espaço e ao rio Negro
Com obras iniciadas e mudando a paisagem urbana para dar a Manaus a primeira área vertical de contemplação, novos negócios, lazer, cultura e turismo da capital, a Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), faz novos estudos técnicos para o complexo de São Vicente, incluindo o mirante Lúcia Almeida, o largo de São Vicente e o Casarão Thiago de Mello, no início da avenida 7 de Setembro e rua Bernardo Ramos, no Centro.
A despoluição visual no tecido urbano foi pauta com equipe da Unidade Gestora de Projetos Municipal de Energia (UGPM) e Implurb no local das obras, onde se percebe, com o início de demolições de muros para abrir o Largo de São Vicente, um emaranhado de fios aéreos.
“Percebemos, com a abertura do espaço, esse comprometimento da paisagem urbanística para os projetos do mirante Lúcia Almeida e largo e chamamos a UGPM Energia para discutir sistemas e formas de ter, inclusive, instalações subterrâneas. Aqui temos situações de alta tensão e baixa, que atende a residências e atenderá também às novas construções”, explicou o diretor-presidente do instituto, engenheiro Carlos Valente.
Para ele, com o investimento da prefeitura usando recursos próprios para reabilitar e revitalizar a região, a despoluição do espaço aéreo vai ter impacto direto na paisagem que foi projetada para dar ampla visibilidade ao espaço e ao rio Negro.
“Temos algumas diretrizes e vamos levar o tema para a Amazonas Energia, já que parte das competências são da concessionária. Nossa meta é alinhar soluções e, ao final do projeto, ter um sistema elétrico adequado”, afirmou.
Acompanhando os estudos, o superintendente da unidade, Elder da Silveira, adiantou que um poste de iluminação pública da Manaus Luz será remanejado, mas que a competência da remoção de posteamento é da concessionária.
“Vamos entrar em contato com a Amazonas Energia e fazer uma visita ao local, vendo as necessidades de deslocamento e desvio de fiação, talvez subterrâneo. Ali tem rede de alta tensão e um transformador. Essa intervenção precisa da parceria. E a iluminação pública vai ser harmonizada com o espaço, quando o projeto e a obra estiverem mais avançados”, comentou Silveira.
Em obras
A Prefeitura de Manaus já realiza obras no mirante e largo, incluindo ainda o casarão Thiago de Mello, entre a avenida 7 de Setembro e a rua Bernardo Ramos, no Centro. Os projetos fazem conexão e um diálogo entre o contemporâneo e o antigo, explorando os conceitos de permeabilidade visual. Por isso o mirante terá as alvenarias retiradas para que as pessoas possam, do largo, contemplar o rio. Será criado um grande espaço público numa área onde não existia. São quase 9 mil metros quadrados onde não existia área pública nenhuma.
O “Nosso Centro” também trata de habitação para diversas classes sociais, não exclusivamente de interesse social. E o retorno dos moradores será gradativo.
As intervenções que estão ocorrendo agora vão impulsionar os eixos do programa, como o “Mais Negócios”, estimulando a abertura e expansão de comércio, serviços e conexões, que vão dar apoio aos moradores já existentes e aos que irão chegar.
Programa
O “Nosso Centro” tem entre suas diretrizes proporcionar a reocupação da área central de Manaus, um bairro dotado de uma das melhores infraestruturas urbanas da capital. Em todas as intervenções realizadas em centros históricos, no Brasil e em outros países, se verifica que inicialmente há um investimento do poder público, fazendo o resgate das áreas, e posteriormente a iniciativa privada dá continuidade e tem sua parcela de colaboração.
- Fonte: Assessoria de Imprensa.
- Fotos – Divulgação / Implurb.