Teste do pezinho – O tempo de espera, que chegava a atingir três meses, reduziu para até cinco dias
A Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), buscando diminuir o tempo de espera da entrega dos resultados dos testes do pezinho, implantou o SoftLab, um sistema que acelerou e permitiu a descentralização das entregas desses testes.
O tempo de espera que chegava a ser de três meses, foi para até cinco dias, uma vez que o novo sistema disponibiliza os exames via web para as unidades de coleta, reduzindo assim o tempo de espera. Lembrando que o Hemoam é referência na análise do teste do Pezinho em toda região Norte.
O Teste do Pezinho detecta doenças que podem levar a deficiências mentais ou sequelas graves à criança, como aquelas relacionadas a imunodeficiências, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme, fibrose cística, entre outras doenças raras.
Avanço
Desde o ano de 2018, a Fundação usava o sistema nacional Sisneo, que limitava o manuseio dos resultados ao Hemoam. A partir de 2022, o sistema Softlab foi implementado e possibilitou que as unidades de coleta – Unidades Básicas de Saúde (UBS), maternidades e Centros de Atenção Integral à Criança (Caics) – tivessem acesso direto aos exames, sem a necessidade do envio manual para esses postos.
João Paulo Pimentel, chefe do Departamento de Análises Clínicas do Hemoam fala, “Antes tínhamos que imprimir todos os exames, um a um, e mandar para as unidades. Isso demandava tempo, logística e causava até perda de exames. Passamos para o Softlab e, agora, a gente tem capacidade de rodar mais de 30 mil exames de pacientes, liberar em curto prazo o resultado e esse laudo chegar com mais eficiência ao paciente”
Agora, as unidades de coleta têm maior autonomia, gerando os resultados, entregando aos pacientes e fazendo o acompanhamento dos casos, tudo na própria unidade e com maior agilidade. A estimativa é que até o fim do ano todas as unidades tenham aderido ao sistema.
SoftLab
O Softlab também permitiu a liberação automática dos laudos. Com os números dentro da normalidade, após a avaliação do bioquímico, o sistema libera automaticamente, sem necessidade de assinatura de cada exame individualmente. Apenas os exames que apresentam alteração são retidos.
“Só ficam para segunda avaliação aqueles resultados que são críticos. Estes são liberados com um cuidado maior, caso necessário, entramos em contato com os pacientes para procurarem o atendimento médico, agilizando o tempo da consulta”, conta João Paulo Pimentel.
Agora, o desafio é implementar o sistema nas unidades do interior e facilitar o acesso dos pacientes a esses resultados, além de diminuir os custos de toda a logística para entrega de laudos.
- Por July Barbosa com informações G1.
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